Por Redação O Sul | 11 de abril de 2025
Em entrevista ao podcast Kaká Pod, apresentado pela jornalista Kaká Meyer, Sula Miranda expressou descontentamento com o atual cenário do sertanejo feminino. A cantora, conhecida por sucessos nos anos 1980 e irmã de Gretchen, usou Simone Mendes como exemplo para criticar a predominância da temática da “sofrência” nas músicas do gênero.
“Ela é uma mulher abençoada, ela tem um casamento, uma família linda, ela tem uma vida maravilhosa… Por que ela não canta o amor”, questionou Sula, ao comentar sobre o repertório da ex-dupla Simone e Simaria.
Segundo Sula, letras carregadas de dor e mágoa não combinam com a imagem pública que Simone projeta atualmente. Ela acredita que a transição da cantora para a carreira solo teria sido uma boa oportunidade para repensar o estilo musical.
“Eu amo a voz da Simone, acho a voz incrível, mas acho que ela poderia ter aproveitado essa virada para a carreira solo e parado de cantar ‘não vai dar certo’”, afirmou.
A artista também refletiu sobre o impacto das letras nas mulheres que consomem esse tipo de música. Para ela, há uma repetição de mensagens que colocam a figura feminina em uma posição incômoda.
“Essa sofrência que coloca a mulher em um lugar que eu acho muito desconfortável e que é feio, para dizer a verdade. Será que elas querem ser essas mulheres no dia a dia delas, na casa delas?” perguntou.
Apesar das críticas, Sula reconheceu e elogiou artistas como Ana Castela e Lauana Prado, dizendo admirar o trabalho que têm feito no sertanejo. Ainda assim, reforçou que vê um tom excessivamente agressivo nas letras atuais.
“As mulheres hoje estão muito bravas, não precisa” comentou, sugerindo um caminho alternativo para a música sertaneja feita por mulheres. (Com informações do jornal O Globo)
