Por Redação O Sul | 28 de abril de 2025
Até a 4ª semana de abril de 2025, as exportações brasileiras cresceram 11,0% em relação ao mesmo período de 2024, somando US$ 26,01 bilhões. As importações, por sua vez, aumentaram 12,1%, alcançando US$ 18,96 bilhões. Com esse desempenho, a balança comercial registrou superávit de US$ 7,05 bilhões, representando uma alta de 8,2%. Já a corrente de comércio (a soma das exportações e importações) avançou 11,4%, totalizando US$ 44,97 bilhões. “O consolidado do mês será divulgado no início de maio”, segundo informações oficiais do governo.
No acumulado do ano, de janeiro até a 4ª semana de abril de 2025, as exportações brasileiras cresceram 1,8% frente ao mesmo período de 2024, atingindo US$ 103,32 bilhões. Já as importações apresentaram uma alta mais acentuada, de 13,2%, totalizando US$ 86,30 bilhões. Como resultado, o superávit comercial ficou em US$ 17,03 bilhões, o que representa uma queda de 32,7% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. A corrente de comércio no acumulado do ano também cresceu, com avanço de 6,7%, alcançando o montante de US$ 189,62 bilhões.
Em relação às exportações de abril, o setor agropecuário registrou crescimento de 10,7%, com um total de US$ 6,88 bilhões exportados. A indústria extrativa teve leve retração de 0,7%, somando US$ 5,74 bilhões. Já a indústria de transformação mostrou forte desempenho, com expansão de 16,6% e um total de US$ 13,23 bilhões exportados.
Entre os principais destaques nas exportações, estão, na agropecuária, “animais vivos” (82,3%), “café não torrado” (52,4%) e “soja” (4,0%). Na indústria extrativa, os maiores crescimentos foram registrados em “pedra, areia e cascalho” (71,6%), “minérios de níquel” (36,9%) e “petróleo bruto” (7,4%). Já na indústria de transformação, os destaques ficaram por conta de “carne bovina” (46,1%), “produtos semiacabados de ferro ou aço” (151,9%) e “ouro não monetário” (79,4%).
Por outro lado, alguns produtos registraram queda nas exportações, como “trigo e centeio” (-52,2%), “látex e borracha natural” (-89,7%), “algodão” (-6,4%), “minério de ferro” (-11,7%) e “açúcar e melaços” (-18,1%).
Quanto às importações, o desempenho até a 4ª semana de abril mostrou crescimento de 14,5% na agropecuária (US$ 0,49 bilhões) e de 14,7% na indústria de transformação (US$ 17,36 bilhões). A indústria extrativa, no entanto, teve retração de 19,5%, totalizando US$ 1,00 bilhão importado.
Transações correntes
O Brasil registrou déficit em transações correntes menor do que o esperado em março, com investimentos diretos no país bem abaixo das expectativas, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo BC (Banco Central).
O déficit em transações correntes do Brasil ficou em US$ 2,245 bilhões (R$ 12,8 bilhões) em março, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,21% do PIB (Produto Interno Bruto).
O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$ 2,950 bilhões (R$ 16,8 bilhões) no mês. No mesmo período do ano anterior houve déficit de US$ 4,087 bilhões (R$ 23,2 bilhões).
No mês, a conta de renda primária apresentou déficit de US$ 5,781 bilhões (R$ 32,9 bilhões), ante rombo de US$ 6,675 bilhões (R$ 38 bilhões) no mesmo período do ano anterior. (Com informações do jornal O Globo e da Folha de S.Paulo)
