Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2024
Decisão foi por unanimidade; dupla passa a agora a responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos DeputadosA primeira turma do STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou nesta terça-feira (21) a denúncia contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para inserção de dados falsos.
A decisão foi unânime. A dupla foi denunciada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
A investigação apontou que eles inseriram documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Com a decisão de receber a denúncia, Zambelli e Delgatti passam a ser réus no Supremo, e responderão aos crimes em uma ação penal. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.
No curso da investigação, Delgatti confessou o cometimento dos crimes e que cometeu os delitos a pedido de Zambelli. A deputada já é ré no STF em uma outra ação, por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento com uso de arma. O caso é de quando, na véspera do segundo turno das eleições de 2022, ela correu atrás de um homem negro com a arma em punho na região dos Jardins, na capital paulista.
Delgatti é conhecido como “hacker da Vaza Jato”, por ter invadido dispositivos de autoridades da operação Lava-Jato. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelo caso na Operação Spoofing e condenado, em primeira instância, a 20 anos de prisão.