Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2024
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que também foi afetado pelo apagão cibernértico que derrubou sistemas de informática em todo o mundo nesta sexta-feira (19). De acordo com a Corte, a interrupção dos serviços eletrônicos ocorreu durante a madrugada dessa sexta-feira.
Por volta das 7h, o site do Supremo foi restabelecido, e os sistemas judiciais foram retomados. A empresa de segurança cibernética CrowdStrike divulgou uma nota na qual assume a responsabilidade pelo apagão cibernético que afetou diversas empresas e serviços em vários países. De acordo com o CEO da empresa, George Kurtz, o problema já foi “identificado, isolado e uma correção foi implantada”.
O problema decorre de uma atualização de conteúdo para computadores com o sistema operacional Windows, da Microsoft, relacionados ao sensor Falcon. O computador trava e aparece a chamada “tela azul da morte”, que indica que há problemas com a máquina. Além do Supremo, os sistemas de aeroportos, hospitais e bancos também foram afetados no Brasil.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que as operações dos aeroportos brasileiros não foram impactadas pelo apagão global.
“Recebemos a notícia de que companhias aéreas ao redor do mundo estão sendo afetadas em suas operações devido a um apagão cibernético. Até o presente momento, não tivemos impacto nas operações dos aeroportos brasileiros”, disse o ministro.
De acordo com Costa Filho, o governo monitora a situação dos aeroportos brasileiros junto à Agência Nacional de Aviação Civil.
Entenda
Usuários em todo o mundo relataram nas redes sociais que, ao ligar o computador, o sistema Windows travou, exibindo “tela azul da morte”. A dona do Windows afirmou, por volta das 8h10min (horário de Brasília) desta sexta, que a falha já havia sido resolvida, mas que problemas residuais ainda poderiam ocorrer.
Os aplicativos Teams, PowerBI e Fabric, por exemplo, apresentaram instabilidade. A Microsoft informou que os seguintes serviços afetados já haviam voltado a operar: Microsoft Defender; Microsoft Defender para Endpoint; Microsoft Intune;Microsoft OneNote;OneDrive;SharePoint Online;Windows 365 e Viva Engage.
“Os clientes que continuarem tendo problemas devem entrar em contato com a CrowdStrike para obter assistência adicional”, afirmou a Microsoft em nota.
Para o presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin, essa situação destaca a importância de processos rigorosos de testes e validação em atualizações de software, especialmente em produtos de segurança cibernética com amplo uso global.
“Faltou implementar testes exaustivos em ambientes de pré-produção que simulem cenários reais antes de liberar atualizações, garantindo que novas atualizações não causem regressões, testando todas as funcionalidades existentes”, explicou.