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Política Supremo e Superior Tribunal de Justiça não responderão aos ataques de Bolsonaro

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Candidatura de Bolsonaro à reeleição foi confirmada no domingo (24). (Foto: Reprodução/Twitter)

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) decidiram não responder publicamente aos novos ataques do presidente Jair Bolsonaro durante a convenção do PL que confirmou a sua candidatura à
reeleição. Mas as duas Cortes monitoram com atenção a mobilização de apoiadores do governo para as manifestações convocadas para o feriado de 7 de Setembro.

Segundo fontes da área de inteligência dos dois tribunais, o número de menções às datas aumentou nas redes sociais nas últimas semanas e foi “impulsionada” pela fala do presidente no último domingo (24).

A orientação, até lá, é continuar monitorando o ambiente virtual para avaliar se haverá necessidade de aumentar o esquema de segurança. Um assessor da
presidência do STF, porém, avalia que as duas Cortes já estão “bem preparadas” para a data.

O esquema de policiamento no dia da manifestação ficará sob a responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que prevê a presença de um grande público na Esplanada dos Ministérios.

Na semana passada, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes determinou a prisão de um homem que gravou vídeos com ataques a integrantes da Corte e convocando as pessoas a participarem dos atos do feriado da Independência.

A interlocutores, o ministro apontou que a decisão demonstrava que ele está
monitorando grupos extremistas e que não vai tolerar que eventuais manifestações se transformem em palco de violência.

Desde o ano passado, a data é considerada sensível pelo Supremo. Na véspera do feriado, um grupo de caminhoneiros que estava em Brasília (DF) para participar de um ato de apoio a Bolsonaro conseguiu furar o bloqueio montado pelas forças de segurança do Distrito Federal na Esplanada dos Ministérios e, por pouco, não houve um ataque ao prédio da Corte.

Em avaliações reservadas, ministros do STF afirmam que nunca se chegou tão perto de uma ruptura institucional quanto naquela noite de 6 de setembro. A imagem da sede do Supremo destruída traria consequências difíceis de prever, avaliam.

Para este ano, além das manifestações, o governo também deve organizar um
desfile militar, comum na capital federal para comemorar o Dia da Independência, mas que não ocorreu nos últimos dois anos por conta da pandemia de coronavírus.

A temperatura também estará alta por conta das eleições, que estarão próximas. O primeiro turno está marcado para 2 de outubro. Outro ingrediente é que, no dia 6 de setembro, completam-se quatro anos desde que Bolsonaro levou uma facada enquanto participava de um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

tags: em foco

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