Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2015
O STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta quarta-feira (7) um pedido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para retirar da Justiça Federal do Paraná uma ação penal relacionada à Operação Lava-Jato. Trata-se do processo em que o deputado foi acusado por um delator de ter recebido propina e um contrato de aluguel de navios sonda, firmado pela Petrobras.
A defesa de Cunha argumentava que, como o nome do deputado foi mencionado, a ação teria que passar a tramitar no Supremo, único foro capaz de autorizar investigações envolvendo detentores de foro privilegiado. Os advogados do presidente da Câmara sustentavam que o juiz federal Sérgio Moro estava tentando investigar Cunha, já que não enviou os autos ao STF após as menções ao nome do parlamentar.
Em depoimento a Moro, o empresário Julio Camargo afirmou que Eduardo Cunha recebeu 5 milhões de dólares de suborno, referente ao contrato dos navios-sonda. O ministro Teori Zavascki, relator dos processos originários da Lava-Jato que tramitam no STF, já havia negado o pedido da defesa de Cunha. Os advogados, porém, recorreram ao plenário da Corte, que manteve a decisão de Teori, por unanimidade.