Sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2025
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, prorrogou por mais 60 dias o inquérito contra o ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida por importunação sexual.
O magistrado atendeu a um pedido da Polícia Federal, que pediu mais tempo para colher o depoimento do ex-integrante do governo Lula (PT). A corporação deve finalizar a oitiva e, em seguida, decidir pelo indiciamento ou não de Silvio Almeida, quando a PF decide se há indício de crime.
As denúncias de importunação sexual foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles no dia 5 de setembro e confirmadas pela organização Me Too, que atua na proteção de mulheres vítimas de violência.
Entre as vítimas, está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. “É importante deixar claro que o que houve foi um crime de importunação sexual. Fui vítima de importunação sexual”, disse a chefe da pasta pela primeira vez sobre o assunto em entrevista à Revista Veja, no fim do ano passado. “Não podemos normalizar uma situação como essa, independentemente de quem a pratique”, seguiu.
“Traumas não são entretenimento”, disse a ministra, que reiterou ainda que “as atitudes inconvenientes” começaram ainda durante a transição de governo, em dezembro de 2022, e “foram aumentando ao longo dos meses”.
O ex-ministro Silvio Almeida nega todas as acusações. As informações são do portal Brasil de Fato.
Volta
O ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, exonerado do cargo em setembro de 2024 após acusações de assédio pela ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, anunciou seu retorno à vida pública no último sábado (15), por meio de postagem no Instagram.
Almeida afirmou que as denúncias de assédio sexual foram uma tentativa de matá-lo e apagar seu trabalho. O ex-ministro é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por assédio sexual e moral após acusações não só a ministra Anielle, mas também de outras mulheres que fizeram relatos à ONG Me Too.
Na postagem em seu perfil no Instagram, o ex-ministro afirma que tentaram o transformar em “um monstro” e apontou racismo nas acusações.
O ex-ministro ainda declara que pessoas que conviveram com ele nos últimos 30 anos, como alunas, colegas, empregadas e assistentes, jamais foram ouvidas durante as investigações. Almeida acrescenta que sua família, amigos, alunos e parceiros de trabalho cantaram no “velório” que “armaram” para ele. “E se o morto levanta, o velório acabou”.
Almeida anunciou que irá retomar seu canal no Youtube, onde irá fazer, a pedidos, uma análise da nova política dos Estados Unidos. O ex-ministro também anuncia que uma nova edição do seu livro “Racismo Estrutural” será lançada. Outros projetos também foram divulgados por Almeida.
Por fim, o ex-ministro afirma que está “vivo”, “indignado” e que não quer “compaixão” nem “segunda chance”. “Eu quero justiça”, diz. As informações são do portal Forum.