O futuro de ficções científicas que exploram a inteligência dos robôs, como os filmes “Eu, Robô” e “Inteligência Artificial” e a série “Humans”, está cada vez mais próximo. A novidade no mercado, que já apresentou máquinas capazes de ocupar o lugar de humanos e animais, são os robôs que respondem a carinhos mais íntimos como se realmente tivessem sentimentos.
A empresa americana True Companion está se posicionando como a primeira do mundo a fornecer robôs sexuais. Oferecendo modelos femininos e masculinos, a companhia afirma que o boneco faz movimentos e interage com o usuário dependendo do local que é tocado. Pelo valor aproximado de 26,4 mil reais, o comprador pode customizar seu produto desde as características até a personalidade. Aquela velha boneca inflável, já meio desbotada e surrada pelo uso, é coisa do passado.
“Robôs nunca estão aborrecidos e nunca trairão ou trarão doenças aos parceiros. O que nossos clientes querem é amor incondicional”, disse Douglas Hines, fundador da empresa. Hines disse esperar que Roxxxy, a primeira boneca desse tipo da True Companion, se torne o primeiro robô sexual capaz de falar com seu usuário e aprender o que lhe agrada ou desagrada.
Expressões faciais.
A concorrente Real Doll também está investindo no mercado de robôs-humanos e quer que seus produtos possam responder com expressões faciais às carícias dos donos. Segundo eles, existem clientes que casaram com seus bonecos afirmando que eles “salvaram suas vidas após a morte de um parceiro ou o fim do relacionamento”, explicaram em nota.
Embora pareça bastante estranho, é o tipo de coisa que deve ganhar mais força nas próximas décadas. O consultor britânico em tecnologia Ian Pearson divulgou um estudo chamado “O Futuro do Sexo: O Surgimento dos Robossexuais”, um artigo no qual destaca exatamente a tendência das pessoas se apaixonarem por robôs e inteligências artificiais, chegando até mesmo ao sexo em si.
Segundo Pearce, até 2030, as pessoas vão usar a realidade para consumir pornografia e fazer um novo tipo de sexo. Ele acredita que, em 2035, a Internet das Coisas vai conseguir integrar nosso sistema nervoso à internet e fazer com que as sensações do sexo possam ser transmitidas pela rede.
Opositores.
Porém, esses avanços tecnológicos não estão agradando a todos. Uma pesquisadora inglesa especializada em ética em robótica iniciou uma campanha para convencer as pessoas a não se relacionarem com os robôs. Para Kathleen Richardson, existe um perigo real ao usar máquinas que reforçam estereótipos e causam “despersonalização” em prol do prazer.
“Aqueles que promovem sexo com robôs estão dizendo às pessoas que seria igual a ter um relacionamento com uma pessoa. É um absurdo: um robô só imita o comportamento humano”, afirmou a pesquisadora.
“Acreditamos que a criação de tais robôs contribuirá para prejudicar as relações entre homens e mulheres, adultos e crianças”, completou.