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Brasil Suspeito de matar vereadora Marielle é condenado à prisão por comércio ilegal de armas

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Ex-policial militar Ronnie Lessa é acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes a tiros em 2018.

Foto: Reprodução
Ex-policial militar Ronnie Lessa é acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes a tiros em 2018. (Foto: Reprodução)

A juíza Alessandra de Araujo Bilac Moreira Pinto, da 40ª Vara Criminal do Rio, condenou o ex-policial militar Ronnie Lessa – acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes a tiros em 2018 – a 13 anos e seis meses de prisão, por comércio ilegal de arma de fogo. A decisão tem relação com o arsenal encontrado pela Polícia Civil do Rio quando o ex-PM foi preso, em 12 de março de 2019. Na ocasião, foram apreendidos, na casa de um amigo acusado, componentes de fuzil que seriam posteriormente montados, dando origem a 117 fuzis.

A pena foi agravada em razão de a magistrada considerar as “circunstâncias, motivos e consequências do crime extremamente gravosos”. Segundo a juíza, o fato de Ronnie Lessa possuir em depósito peças aptas a montar pelo menos 117 fuzis, além de acessórios exclusivos para armas de fogo de grosso calibre, é “conduta que vulnera em demasia a incolumidade pública, trazendo grande temor e insegurança social para o Estado, já tão afetado pela atuação da milícia e do narcotráfico, principais destinatários dos objetos arrecadados”.

No mesmo processo em que Lessa foi condenado, o Ministério Público do Rio acusava, por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, o dono do apartamento onde as peças foram encontradas, Alexandre Motta de Souza. Segundo a Promotoria, apesar de a arma, munições e acessórios terem sido apreendidos no apartamento dele, foi apurado que o armamento pertencia a Ronnie Lessa, “que era quem tinha o domínio do fato criminoso”.

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