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Notícias Após acordo, foi suspensa a reunião do governo gaúcho em Brasília sobre a paralisação dos caminhoneiros

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Governador discutirá com equipe reflexos e medidas sobre paralisação dos caminhoneiros. (Foto: Karine Viana/Palacio Piratini)

Em virtude do acordo firmado para o fim da greve dos caminhoneiros, o governo do Estado suspendeu a reunião de secretariado que iria tratar do assunto nesta sexta-feira (25), às 9h.

O governador José Ivo Sartori terá mais um encontro de trabalho com o grupo de acompanhamento que foi formado desde segunda-feira, coordenado pelo secretário da Agricultura, Odacir Klein.

Todas as áreas do governo seguem mobilizadas para acompanhar a normalização dos serviços e superar a situação de desabastecimento.

Acordo aceito

Depois de sete horas de negociações, governo e caminhoneiros anunciaram na noite desta quinta-feira, 24, a suspensão, por 15 dias, da paralisação. Pressionado pelo início de um “apagão” nos transportes, no abastecimento e na produção, o governo concordou em criar um novo gasto público, na forma de subsídio, para permitir que os preços do diesel sejam reajustados apenas a cada 30 dias. Para isso, o governo solicitará ao Congresso um crédito extraordinário de R$ 4,9 bilhões para este ano. O dinheiro sairá do cancelamento de outras despesas, que não foram especificadas.

Pelo acordo, o litro do diesel ficará congelado em R$ 2,10 nos próximos 30 dias. No entanto, a Petrobras seguirá com sua política de reajustar os preços na refinaria seguindo o mercado internacional e o câmbio. Se for fixado um preço superior aos R$ 2,10, a diferença estimada em R$ 350 milhões será bancada pelo governo em forma de subsídios.

O diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infra Estrutura), Adriano Pires, disse que a medida é um retrocesso e remete à conta petróleo, criada para cobrir a diferença com subsídios que garantiam preços mais baratos para os combustíveis. Agora, na avaliação dele, criou-se a “conta diesel”. “O mercado vai interpretar que voltamos a ter controle de preços. É uma solução velha, igual ao governo.”

O governo reafirmou que reduzirá a zero a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) cobrada sobre o diesel, ao custo de R$ 3 bilhões. Porém, informou Guardia, isso só será feito após a aprovação do projeto de lei que restabeleceu a tributação sobre a folha salarial em 28 setores.

Esse projeto foi aprovado na noite de quarta-feira pela Câmara, que incluiu no texto a redução a zero da alíquota de PIS e Cofins do diesel. O custo dessa isenção, segundo o governo, pode chegar a R$ 14 bilhões. A eliminação do PIS/Cofins sobre o diesel, que era a principal bandeira de parte da categoria, não fez parte do acordo assinado nesta quinta. Para outros segmentos da categoria, a principal reivindicação era maior previsibilidade nos reajustes do diesel, o que foi atendido com a promessa de reajustar os preços a cada 30 dias até o final deste ano. Além desse, outros pedidos foram contemplados no acordo, como reajustes a cada três meses da tabela de preços de referência dos fretes e garantia aos caminhoneiros autônomos de 30% dos serviços de frete contratados pela Conab.

Em Belo Horizonte, o presidente Michel Temer disse esperar que a greve acabe nesta sexta-feira, 25. Já o presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), Diumar Bueno, afirmou que não há como saber quanto tempo será necessário para a normalização.

“São só promessas e não temos nada de concreto”, criticou José Araújo, o “China”, da União Nacional dos Caminhoneiros, que declinou do trato junto com a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), cujo representante, José da Fonseca, deixou a reunião antes mesmo do fim. Também não assinou o presidente do Sindicato de Ijuí, Santa Catarina, Gilson Baitaca.

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Duas entidades de caminhoneiros se recusaram a assinar a proposta do governo federal para encerrar a greve da categoria
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, fez um apelo para que os caminhoneiros voltem ao trabalho
https://www.osul.com.br/suspensa-a-reuniao-do-governo-do-estado-sobre-a-paralisacao-dos-caminhoneiros/ Após acordo, foi suspensa a reunião do governo gaúcho em Brasília sobre a paralisação dos caminhoneiros 2018-05-24
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