Domingo, 20 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2023
A startup de viagens 123 Milhas revoltou clientes ao anunciar que não emitirá passagens já compradas de uma linha promocional com embarques programados entre setembro e dezembro deste ano. O cancelamento atinge passagens vendidas nos pacotes “Promo”, com preços muito abaixo dos praticados no mercado e datas flexíveis de embarque.
“Devido à persistência de circunstâncias de mercado adversas, alheias à nossa vontade, a linha ‘Promo’ foi suspensa temporariamente e não emitiremos as passagens com embarque previsto de setembro a dezembro de 2023”, disse a companhia em comunicado.
O assunto logo ficou entre os mais comentados nas redes sociais, com diversos usuários reclamando sobre o comportamento da empresa, que também virou alvo de memes.
Não é a primeira vez que a empresa enfrenta queixas dos consumidores.
O anúncio rendeu comparação inevitáveis com o caso da Hurb, empresa do mesmo setor que enfrentou diversos problemas neste ano. O modelo da 123 Milhas é semelhante ao que costumava ser oferecido pela Hurb, que deixou milhares de passageiros na mão e foi proibida pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) de vender pacotes flexíveis.
De acordo com a 123 Milhas, passagens já emitidas não serão canceladas. Mas clientes que ainda não receberam seus localizadores não irão viajar.
“Estamos devolvendo integralmente os valores pagos pelos clientes, em vouchers acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado, para compra de quaisquer passagens, hotéis e pacotes na 123milhas”, promete a empresa.
Veja a repercussão:
– “Desde maio quando tentei comprar uma passagem normal e era cancelada eu comecei a estranhar. Nunca comprei a promo da 123 milhas, mas ficava sempre com o pé atrás com esses preços. Parece que ela hurbou…”, publicou um usuário no X, antigo Twitter.
– “Isso aqui é inacreditável. Eu e a ‘alvessvic’ estamos há mais de ano vendo vídeos, organizando nossa viagem, sonhando com. Pra eles simplesmente chegarem e: ‘po nao vai dar, nao vamos emitir a passagem mais'”, escreveu Wagner Leitzke no X, antigo Twitter.