Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 24 de março de 2022
Médicos têm reclamado, com razão, da defasagem da tabela do SUS para remunerar procedimentos realizados. Apesar de pagar mais de R$ 70 mil por um transplante, uma consulta oftalmológica para verificar pressão ocular, indícios de catarata etc. rende, segundo médicos, apenas R$ 6. Lista no site do Consórcio Intermunicipal de Saúde revela que atendimentos fisioterapêuticos rendem R$ 6,35 pelo SUS, o que atualmente não compra um litro de gasolina para chegar ao consultório.
Disparidade
Em comparação, o SUS paga quatro vezes mais em ajuda de custo para alimentação de pacientes ou acompanhantes: R$ 24,75.
Defasagem grande
Outra grande reclamação é sobre procedimentos cirúrgicos de média complexidade, cuja remuneração, segundo médicos, é cerca de R$ 200.
O campeão
Os procedimentos mais caros na tabela SUS no site da Cisamusep são os transplantes de células-tronco, ao custo de R$ 71.602,25.
Do outro lado
A lista traz também mil itens que não pagam um centavo, incluindo o acompanhamento de pacientes com problemas de saúde mental.
Maioria dos brasileiros apoia a posse de armas
Levantamento exclusivo do instituto Orbis para o Diário do Poder mostra que a posse e porte de armas de fogo tem o apoio da maior parte dos brasileiros; 52,7% são a favor e 47,3% contra armas. Entre favoráveis, 42% dos entrevistados apoiam apenas a possibilidade de armas nas próprias casas ou em seus estabelecimentos comerciais; e 10,7% querem que os brasileiros possam andar armados em todos os lugares.
Diferença aguda
A diferença no apoio é aguda entre homens e mulheres: 58,7% delas são totalmente contra armas. Entre homens, são apenas 32,7%.
Regional
No Sudeste, a proporção de pessoas contra as armas é de 52,7%. No Nordeste, 50,9%. Nas demais regiões, a maioria é a favor.
Pesquisa nacional
O instituto de pesquisa Orbis realizou 2.154 entrevistas por telefone entre os dias 3 e 4 de março deste ano, em todas as regiões do País.
Chá de gaveta
A indicação de Bolsonaro que está estacionada há mais tempo na gaveta do Senado é a de Tabita Loureiro para a ANP (petróleo). Acusada de ligações com o PCdoB, ela não faz sucesso entre governistas.
Só dez dias
Faltam apenas dez dias para que prefeitos e governadores deixem o mandato, para tentar outro cargo na eleição. É o caso do governador João Doria (PSDB) e do (por enquanto) tucano gaúcho Eduardo Leite.
Vacinação avança
O Brasil chega às 410 milhões de doses de vacinas contra a covid aplicadas na população, nesta sexta (25). Já são mais de 180,5 milhões de pessoas com ao menos uma dose vacina e 154 milhões com duas.
Balanço do momento
A infidelidade partidária está aberta para políticos, permitindo a troca de partido sem punição. O PL, de Jair Bolsonaro, já é o maior da Câmara, com 61 deputados. Ganha do União Brasil (DEM + PSL), que tem 58.
País de luto
Ironicamente, no que pode ser o “melhor momento” da pandemia, os EUA se tornaram o primeiro, provavelmente único, país a ultrapassar a triste marca de um milhão de vidas perdidas para a covid-19.
Protesto no Senado
Para o senador Lasier Martins (Pode-RS), foi “lamentável” a decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) de bloquear o Telegram. “Foi arbitrária a decisão”, classificou. “Poderia até ter razão”, ponderou Lasier, mas discorda da “maneira monocrática, absolutista” do ministro.
Futuro é agora
Comércio eletrônico virou alternativa de clientes e lojistas na pandemia e fez o Dia do Consumidor superar expectativas. Segundo a Neotrust, o e-commerce faturou R$ 722 milhões, alta de 22% em relação a 2021.
Precedente é outro
O STJ determinou que Deltan Dallagnol pague R$ 100 mil a Lula por danos morais. “Decisão equivocada”, disse o procurador da República Bruno Calabrich, ao lembrar que o STF já tem decisão de repercussão geral definindo que a ação deve ser contra o estado, e não o servidor.
Pensando bem…
…pastor pedir favor no MEC tomou o holofote até da guerra.
PODER SEM PUDOR
Sinal de poder
Eleito governador de Minas Gerais, Tancredo Neves lembrou que precisava arrumar um cargo importante para um amigo de todas as horas, Feliciano Libânio da Silveira, o Sanico, hoteleiro em Alfenas. Procurou-o: “O que você deseja no meu governo, Sanico?”
“Só uma coisa, Tancredo: quando você for anunciar o secretariado, sala lotada de jornalistas e de políticos, me chame na frente de todo mundo e cochiche qualquer coisa no meu ouvido…”. Sanico sabia que os sinais podiam ser mais importantes que os cargos.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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