Desde que a TV Globo anunciou que prepara um remake de “Vale Tudo” para comorar seus 60 anos, a escalação do elenco é um grande mistério. Taís Araújo é a mais cotada para viver a heroína Raquel Acioly e conversou sobre a personagem vivida na primeira versão por Regina Duarte.
“Já li que todo mundo vai fazer todo mundo, poderia ser uma atriz por mês”, brincou a atriz, aos risos, durante o papo exclusivo. Adriana Esteves também foi cotada para a personagem, mas está no elenco de “Mania de Você”.
Taís já falou algumas vezes que gostaria de dar sua cara à personagem. “É uma supernovela. Temos que esperar… O que é do homem, o bicho não come. Se tiver que ser minha, vai ser. Se não tiver, que seja bem feita e o público brasileiro admire e goste da novela”, desejou.
Originalmente de 1988, a história contava com 205 capítulos e foi um divisor de águas nas carreiras de muitos atores. Taís tinha 10 anos quando a trama de Leonor Bassères foi ao ar. “Lembro da história perfeitamente. Está no imaginário de muitas pessoas e isso é muito legal”, avaliou.
A história retrata um Brasil muito sensível. Com o fim da ditadura militar e a economia em colapso com a alta inflação, a história é uma fotografia que não se assemelha aos dias atuais. “Não dá para fazer um remake de Vale Tudo. Em geral, novelas dos anos 80 não dão. Imagina, a constituição estava novinha. Não dá para fazer a mesma novela”, destaca sobre a representação histórica da trama.
“Se forem colocar pessoas negras em outros personagens, são outras vivências. Porque pessoas negras têm vivências completamente diferentes. Não dá para trocar uma personagem branca por uma preta, sem entender o contexto do que é ser uma pessoas negra na sociedade”, destacou Taís.
A atriz concluiu a entrevista com um alerta e um desejo. “Não tem como fazer um remake, mas uma remontagem bem interessante. Tomara que venha aí”, finalizou.