Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Leandro Mazzini | 26 de setembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Ao ignorar a crise venezuelana, o presidente Lula da Silva viu o seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU minguar junto à comunidade internacional. Na avaliação de diplomatas estrangeiros graduados, ouvidos pela Coluna, o presidente não pode abordar conflitos distantes – como Rússia x Ucrânia e Israel x Hamas e Hezbolah sem, antes, focar na região. A avaliação geral é que o Brasil, para sentar-se à mesa das grandes decisões internacionais, precisa mostrar que tem capacidade de mediar conflitos no seu entorno. Para o corpo diplomático estrangeiro, Lula não influencia em nada na Venezuela. E a citação dele muito aplaudida pelo plenário da ONU, a que falta uma mulher secretária-geral da instituição, não foi ideia do presidente brasileiro. Essa proposta é da Espanha, já apresentada em ocasiões anteriores.
Cadê vocês?
A Ucrânia retomou a ofensiva junto à Câmara dos Deputados. Em carta enviada ao presidente Arthur Lira, Ruslan Stefanchuk, presidente da Verkhovna Rada – o Parlamento deles – cobra a presença de deputados do Brasil na 3ª Cimeira Parlamentar da Plataforma Internacional da Crimeia. O evento, co-organizado pela Ucrânia e a Letônia, será em Riga, em 24 de outubro.
Diversidade e respeito
A seccional da OAB do Rio de Janeiro criou a Comissão da Advocacia do Axé, palavra associada às religiões afrodescendentes, e instituiu como presidente o advogado Márcio Dodds Righetti Mendes. Mas não há – pelo menos por enquanto – comissões de outras religiões, como por exemplo evangélica e católica. No trabalho contra o racismo e preconceito, a OAB Rio já conta com a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.
Bolsa nas bets
São 24 milhões de cadastrados no Bolsa Família no Brasil, e um orçamento do programa de R$ 14 bilhões por mês. Segundo levantamento do BC, 5 milhões de beneficiados apostaram R$ 4 bilhões em agosto nas bets. Ou seja, 20% dos beneficiados apostaram quase 30% do orçamento do mês do benefício. Difícil citar que o dinheiro é do Bolsa, mas para quem necessita da verba, não teria de onde mais tirar para apostar.
Bola dentro
O deputado federal Ricardo Ayres (Rep-TO) enviou aos pares o pedido de apoio para coletar assinaturas e formalizar a CPI das Bets, apostas ilegais e casas de apostas online no Brasil. Quer investigar “o funcionamento das casas e a omissão fiscal”, o “patrocínio e a publicidade” e a “ocultação de valores e a lavagem de dinheiro”. Os cartolas de clubes já começaram o lobby contra. São bilhões em patrocínios para times.
Logo ali
A deputada Duda Salabert (PDT-MG), que disputa a prefeitura de Belo Horizonte, propôs na Comissão de Relações Exteriores da Câmara a Moção de Solidariedade ao Equador, que enfrentará um apagão nacional em função da seca severa que enfrenta. Assunto bem lembrado, porque o cenário aqui no Brasil não é dos bons com essa seca.
(colunaesplanada@gmail.com)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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