Segunda-feira, 31 de março de 2025

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Economia Tarifaço de Trump: Lula diz que taxará produtos dos Estados Unidos se o americano não recuar

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Lula encerrou sua viagem ao Vietnã ao discursar no encerramento do Fórum Econômico Brasil-Vietnã. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar na quarta-feira (26) as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump que prejudicam os setores de aço e alumínio no Brasil. Em entrevista no Japão, Lula afirmou que taxará produtos americanos se o recurso do Brasil à Organização Mundial do Comércio (OMC) não resolver a situação.

O presidente, no entanto, não informou quando o Brasil formalizará a medida. “No caso do Brasil, nós vamos recorrer à OMC [Organização Mundial do Comércio] e, se não tiver resultado, a gente vai utilizar os instrumentos que nós temos que é a reciprocidade e taxar os produtos americanos. É isso que nós vamos fazer. Espero que o Japão faça o mesmo. Espero que o Japão possa recorrer à OMC, mas é uma decisão soberana do governo japonês em que eu não posso dar palpite”, disse Lula.

Lula cumpre uma viagem oficial à Ásia em busca de ampliar a presença de produtos brasileiros no continente.

Antes de deixar o Japão rumo ao Vietnã, Lula foi questionado sobre a tarifa de 25% imposta por Trump sobre o aço e o alumínio importados pelos Estados Unidos de todos os demais países – o Brasil é um dos principais vendedores para o país.

Até o momento, o governo brasileiro não adotou medidas de retaliação e abriu uma negociação com autoridades americanas. O debate é liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria. O Ministério das Relações Exteriores participa das tratativas.

Lei da reciprocidade

Lula afirmou que Trump “precisa é medir as consequências dessas decisões”, que poderão causar a inflação de produtos nos Estados Unidos.

O presidente não informou quando que o Brasil formalizará o recurso à OMC para rever as taxas ao aço e alumínio cobradas atualmente pelos Estados Unidos.

“É colocar em prática a lei da reciprocidade. Não dá para a gente ficar quieto, achando que só eles têm razão e que só eles podem taxar outros produtos”, declarou Lula.

Recentemente, o governo brasileiro enviou uma manifestação ao governo Trump na qual alertou que o “tarifaço” pode comprometer “severamente” as relações comerciais dos dois países.

A manifestação foi enviada num contexto em que o gabinete do representante do governo Trump para o Comércio abriu consultas públicas sobre os anúncios de tarifas feitos pela Casa Branca.

Diplomacia

Ao longo das últimas semanas, diante dos anúncios de Trump, o presidente Lula e os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio passaram a defender, entre as alternativas, um recurso à OMC.

Entretanto, nos bastidores, os diplomatas brasileiros avaliam que a organização está “paralisada” e sem força para agir.

Isso porque, explicam, os Estados Unidos não indicaram os juízes para as vagas em aberto no órgão de solução de controvérsias e, na prática, inviabilizaram uma eventual atuação da entidade.

Dizem esses diplomatas que, atualmente, a OMC não tem como mediar divergências comerciais entre os países nem tem força para garantir a implementação de eventuais decisões.

Assim, acrescentam, a solução vista neste momento como mais viável é a negociação direta entre autoridades brasileiras, como Mauro Vieira e Geraldo Alckmin, e representantes do governo americano para o comércio exterior.

Concluem os diplomatas que, como os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, o país não pode querer apagar o “fogo” colocando “gasolina”.

 

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