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Economia Tarifas de Trump devem acelerar acordo entre Mercosul e União Europeia, diz o ministro da Fazenda

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Postura de Trump nos EUA é um cavalo de pau em um transatlântico, compara Haddad. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a implantação das tarifas anunciadas pelo governo de Donald Trump recentemente pode acelerar o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE).

Segundo ele, o Brasil está em posição favorável para enfrentar o cenário turbulento que se desenhou após o “tarifaço”, por conta de suas reservas internacionais e de novos acordos comerciais bilaterais.

“Nós estamos exportando mais para os Estados Unidos, exportando mais para a União Europeia, exportando mais para a China. Temos acordos bilaterais relevantes com a China e com o Sudeste Asiático. Temos um acordo com a União Europeia que, na minha opinião, vai ser acelerado em função do que aconteceu”, disse Haddad.

O ministro também voltou a destacar que ainda não é possível fazer uma análise concreta do cenário econômico global, dada às frequentes mudanças de postura de Trump. “Todos os dias temos novidades. Ainda não estabilizou o cenário, mas ficou claro que a China é o alvo principal’, afirmou.

Na avaliação do ministro, Trump deu um “cavalo de pau em um transatlântico” e iniciou um ciclo que ainda não terminou, mas que fica claro que a China é um alvo prioritário.

“O mundo não escapou, está tarifado, mas o conflito entre Estados Unidos e China é o tema que acabou sendo central, até porque Trump não resistiu à pressão de aliados e dos próprios empresários americanos”, disse, referindo-se à pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas decidida por Trump.

Haddad afirmou ainda que o Brasil está preparado para lidar com uma eventual crise global que venha em consequência do tarifaço, e que não vê a economia brasileira crescendo menos por causa da guerra comercial.

“Temos de US$ 75 bilhões a US$ 90 bilhões de saldo comercial, mais de US$ 300 bilhões de reservas cambiais e abrimos centenas de mercados para produtos brasileiros no governo Lula”, disse. “Temos uma situação em que não devemos nada para ninguém.”

Sobriedade

O ministro argumentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou a “posição mais sóbria possível” em relação às tarifas, e destacou que o Congresso aprovou a lei da reciprocidade muito rapidamente, para “sinalizar para os Estados Unidos que nós não podemos ser tratados como parceiro de segunda classe.”

Ele também destacou “o tamanho do ativo político” representado por Lula e disse acreditar que as relações com os Estados Unidos vão melhorar.

“Você vê os Estados Unidos, a maior potência do mundo, numa situação que ela não sabe nem se explicar direito. A economia capitalista tem isso, ela tem vulnerabilidades, oscilações, crises e tudo mais. Eu penso que o Brasil está preparado para enfrentar essa situação. Nós temos uma liderança que é um ativo político para o Brasil no mundo, que é o presidente Lula, que é recebido de portas abertas em qualquer lugar que ele vai, uma pessoa sensata, ponderada, bravata, não fica gritando bobagem, só fala coisa com coisa”, disse Haddad.

O ministro atribuiu ao perfil de Lula o fato de ele ser recebido por autoridades diversas, como os presidentes da China, Xi Jinping, e da França, Emmanuel Macron. “Vamos ver se o Trump agora começa a conversar um pouco mais com as pessoas, até para evitar essas idas e vindas e a gente consiga ter uma política sólida, um relacionamento sólido”, disse.

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https://www.osul.com.br/tarifas-de-trump-devem-acelerar-acordo-entre-mercosul-e-uniao-europeia-diz-ministro-da-fazenda/ Tarifas de Trump devem acelerar acordo entre Mercosul e União Europeia, diz o ministro da Fazenda 2025-04-11
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