Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2024
Atleta contou com apoio do COB e da CBSurf em projetos especiais visando sua preparação olímpica
Foto: William Lucas/COBVice-campeã olímpica em Paris 2024 ao perder a decisão para a norte-americana Caroline Marks, na noite desta segunda-feira (05), a brasileira Tatiana Weston-Webb comemorou a prata conquistada nas ondas de Teahupo’o, no Taiti.
“Nada mais do que orgulho de mim porque, realmente, foi bastante trabalho. Eu cometi uns erros na bateria, eu poderia pegar umas ondas maiores ou melhores”, disse Weston-Webb.
Desde que o surfe entrou no Programa Olímpico, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) e CBSurf (Confederação Brasileira de Surf) identificaram uma oportunidade de resultados e elaboraram, em 2018, um projeto específico para desenvolver o gênero feminino da modalidade, capitaneado por sua principal atleta, Tatiana Weston-Webb.
Seis anos depois, a medalha olímpica em 2024 coroa esse trabalho, que contou com uma série de investimentos durante os últimos dois ciclos olímpicos. Esta é a primeira medalha olímpica de uma sufista brasileira na modalidade.
“Toda esta estrutura oferecida mudou, literalmente, a minha vida inteira. Eu nunca tive uma preparação tão forte na minha carreira, especialmente esse ano, antes dos Jogos Olímpicos. E o lado psicológico também. Eu estou me sentindo super forte mentalmente. Uma atleta de alto nível precisa dessas coisas para sobreviver e eu estou sentindo que estou no topo da minha carreira agora. Estou mais mais forte. Estou conseguindo bons resultados. Só não está indo 100% pro meu lado, mas uma prata é muito boa. É um resultado incrível”, destacou Tati.
A brasileira, que chegou à Teahupo’o, no Taiti, credenciada como uma das favoritas ao ouro, comprovou seu talento e agora passa a integrar a seleta galeria de medalhistas olímpicos do Brasil.
“São coisas pequenas que realmente fazem a diferença. Dessa vez, não deu pra mim, mas, para mim, prata é um sucesso gigante, estou muito orgulhosa. Muito obrigada pela torcida!”, completou a surfista brasileira.
Tatiana Weston-Webb somou 10.33 com as duas melhores ondas, enquanto a norte-americana Caroline Marks obteve 10.50. “Foram dias bem puxados, mas além de puxados, foram dias abençoados. Especialmente porque eu acho que tivemos o melhor lugar para participar das Olimpíadas. E foi uma honra gigante representar o Brasil, o meu país”, disse Tati.
