Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de setembro de 2022
O brasileiro preso suspeito de tentar matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se chama Fernando Andrés Sabag Montiel. De acordo com o ministro de Segurança do país, Aníbal Fernández, ele tem 35 anos, tem registro para trabalhar como motorista de aplicativo, já recebeu advertência por estar carregando uma faca em 2021 e tatuou um símbolo nazista no corpo.
Ainda não se sabe qual foi a motivação para a tentativa de assassinato de Cristina, que ocorreu quando ela acenava para simpatizantes na frente de sua casa no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Sabag Montiel levanta a mão esquerda com a arma, que estava carregada, engatilha e tenta o disparo, mas o objeto falha.
O documento do brasileiro obtido pela Polícia Federal argentina mostra que ele nasceu em São Paulo, mas que não é filho de brasileiros e que vivia desde a década de 1990 no país vizinho, para onde se mudou aos 6 anos.
Informações do Itamaraty dão conta de que o atirador é filho de mãe argentina e pai chileno. O pai dele teria sido expulso do Brasil em 2021.
Os registros comerciais afirmam que o brasileiro tem autorização para atuar como motorista de aplicativos na Argentina e tem um carro em seu nome.
Sabag Montiel recebeu uma advertência depois de ter sido detido em março de 2021 por porte ilegal de arma perto de onde mora, em Buenos Aires. Na ocasião, Montiel carregava consigo uma faca de 35 centímetros de comprimento. Segundo a imprensa argentina, ele disse aos policiais que a faca era para “defesa pessoal”.
A imprensa local também informou que ele se identificava em suas redes sociais como Fernando ‘Salim’ Montiel e era seguidor de grupos como “comunismo satânico”, entre outros “ligados ao radicalismo e ao ódio”, como definiu o portal do jornal La Nación.
O portal Infobae informou ter ouvido de vizinhos de Fernando Montiel que ele era “inconstante”, “propenso a dizer tolices” e alguém que tem o hábito de esperar músicos famosos em hotéis.
Ataque
O brasileiro foi preso em flagrante após tentar assassinar Cristina Kirchner com um tiro na cabeça. Ela não se feriu.
A arma usada por ele foi uma Bersa .32 (7,65 mm), segundo informou o jornal argentino Clarín após falar com fontes internas não citadas.
No momento do atentado, Montiel levanta a mão esquerda, que está com a arma, e tenta atirar. No vídeo, é possível ver que ele chega a engatilhar a pistola, que falha. A Polícia Federal argentina, que estava cuidando da segurança de Cristina, o deteve rapidamente.
Após a ação, Cristina continuou cumprimentando apoiadores e dando autógrafos. A vice da Argentina conta com uma equipe de segurança de 100 policiais federais.