Domingo, 23 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2015
O encolhimento de 0,2% no PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre deste ano não deve impedir o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) de promover a sexta elevação consecutiva da Selic (a taxa básica de juros da economia) nesta quarta-feira (03). A previsão da maioria dos economistas do mercado financeiro é de que a taxa seja aumentada de 13,25% para 13,75% ao ano.
Se confirmado, esse novo patamar será o maior desde agosto de 2006, quando a Selic estava em 14,25% ao ano – ou seja, o mais alto em quase nove anos. Com uma taxa mais alta de juros, o BC tenta controlar o crédito e o consumo, atuando, assim, para segurar a inflação. Por outro lado, ao tornar o crédito e o investimento mais caros, os juros elevados prejudicam o investimento, o emprego e, consequentemente, o crescimento da economia brasileira.
O novo aumento dos juros básicos deve vir em um momento em que a economia ainda se ressente de um baixo nível de atividade, com desemprego em alta, mas com a inflação pressionada pelo aumento de tarifas públicas, como energia elétrica e gasolina, e também pelo aumento do dólar, que avançou cerca de 20% nos cinco primeiros meses deste ano. O dólar mais alto encarece insumos e produtos importados. (AG)