Domingo, 26 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de outubro de 2020
Ritmo do contágio no país ficou em 0,98, o que significa que cada grupo de 100 infectados transmite o novo coronavírus a outras 98 pessoas
Foto: Roque de Sá/Agência SenadoA taxa de transmissão do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil se manteve abaixo de 1 pela quinta semana seguida, aponta monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido, com última atualização feita na segunda-feira (26).
O relatório mostra que o índice está em 0,98 – cada grupo de 100 pacientes com o vírus infecta outras 98 pessoas, o que indica desaceleração no contágio.
O número, também chamado de Rt (ritmo de contágio), reforça uma tendência de estabilização da pandemia no país. Como é uma média para o país inteiro, entretanto, ela pode camuflar situações regionais.
Na segunda-feira, por exemplo, 8 Estados tiveram indicativo de alta de mortes: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Amazonas, Amapá, Ceará e Pernambuco. A última vez em que tantos estados apresentaram tendência de alta foi em 24 de setembro. Já outros 9 têm curvas que apontam queda, e 10 apresentam estabilidade.
Segundo a margem de erro do monitoramento britânico, a taxa de transmissão no País pode ser maior (Rt de até 1,02) ou menor (Rt de até 0,72). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 102 ou 72, respectivamente.
Os cientistas apontam que “a notificação de mortes e casos no Brasil está mudando; os resultados devem ser interpretados com cautela”, sem dar detalhes.
Queda nos testes
Um levantamento feito com dados do Ministério da Saúde apontou uma queda nos testes no país entre agosto e setembro; especialistas apontaram que isso pode indicar uma piora na capacidade em achar casos da doença (o que influencia a estimativa do R).
Em agosto, a taxa de transmissão do novo coronavírus no país caiu pela primeira vez para valores abaixo de 1. O Brasil tem mais de 150 mil mortes desde o início da pandemia – o segundo maior número do mundo – e o número de casos de Covid-19 já passa de 5,4 milhões.