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TCU avalia licitação para compra de ‘grampo’ no MJ

Ex-presidente da Câmara questiona votação remota e mudanças no texto feitas durante análise no plenário. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Auditores pediram ao ministro Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas medida cautelar para suspender licitação do Ministério da Justiça da compra do sistema israelense Pegasus, que possibilitaria grampear telefones. Órgãos do Ministério Público federal e estaduais e polícias Federal, Civis e Militares utilizam equipamentos semelhantes. Os auditores estranham a demora de Dantas e o pressionam a requisitar informações ao governo sobre a pretendida utilização do sistema.

As opções de Dantas
O ministro Bruno Dantas avalia se determina a medida cautelar ou se, antes, requisita informações para tomar sua decisão.

Preparem explicações
As informações devem ser solicitadas a Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI) e ao diretor da Abin, Alexandre Ramagem.

Notícias como ‘provas’
Na denúncia, os auditores se valem de notícias de jornais e sites sobre o suposto interesse do vereador Carlos Bolsonaro nesse sistema.

Sem consulta prévia
Os auditores alegam que as autoridades da área de inteligência do governo não foram ouvidas formalmente sobre a compra do Pegasus.

Partidos da ‘3ª via’ estão fechados com o governo
Surgiu no imaginário da política uma suposta movimentação de partidos como MDB, PSDB, DEM e Podemos para articular a “terceira via” nas eleições de 2022. Mas as ações seguem em direção contrária: variou de 85% a 90% o apoio desses e de outros partidos no Congresso durante votações favoráveis a projetos do governo, como o Marco Legal do Saneamento Básico ou a privatização da Eletrobras, mais recentemente.

Ainda em 2020
No auge da primeira onda, o Senado aprovou o marco do saneamento básico com 89,7% de apoio dos partidos da suposta “terceira via”.

Menos de um mês
Há duas semanas, a Câmara aprovou a redação final da MP que cria condições para privatizar a Eletrobras, com apoio de 84,8% da “3ª via”.

Ops, deu errado
O PV estaria entre os que buscam alternativa a Bolsonaro e a Lula, mas os seus 4 deputados votaram 100% contra a MP da Eletrobras,

Gelo seco
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou na CPI, sem apresentar provas ou evidências, que, não fossem os governadores e outros “atores” (da Globo?), o Brasil já teria “mais de 2 milhões de mortos” por covid.

Aqui, não, violão
Expulso do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ) foi convidado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, a se filiar ao PSD. Mas líderes do partido torcem para que ele corra para o abraço com João Doria (PSDB).

Foi outro, excelência
Boneco de judas do dia, na CPI, o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo disse que respiradores foram comprados em loja de vinhos, em abril de 2020, na gestão do antecessor Rodrigo Tobias.

Em pleno século 21
A busca por vacinas criou enxurrada de fraudes com atestados médicos, sejam de maus médicos ou de estelionatários. O ponto é que, em vez de focar na vacina, o gestor gasta tempo checando carimbos e assinaturas.

Retrato do Brasil
Há cinco dias um bandido foragido do regime semiaberto, Lázaro Sousa, dá um constrangedor “baile” em 200 policiais de Goiás e do DF. Ele é acusado de matar quatro, entre os quais uma mulher que estuprou, ferir a tiros outros quatro, incluindo um policial, incendiar casa etc.

Fiel da balança
O senador Nelsinho Trad informou que a bancada do seu partido, o PSD, a maior da Casa, se reuniu para discutir a MP da privatização da Eletrobras, que está na pauta do Senado nesta quarta-feira.

Dentro do previsto
Segundo o cronograma do governo de Minas Gerais, pessoas de até 59 anos serão vacinadas em junho; 50 a 54 anos em julho; 35 a 49 anos em agosto; 25 a 34 anos em setembro e maiores de 18 anos, em outubro.

Balanço da vacina
O Brasil atinge a marca de 110 milhões de vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde aos governos estaduais. No total, já foram aplicadas mais de 81,1 milhões dessas doses país afora.

Pensando bem…
… se o salário dos senadores dependesse da audiência da CPI, logo choveriam pedidos de auxílio emergencial.

PODER SEM PUDOR

Soluções à brasileira
Preso durante o regime militar por ordem de um coronel Epitácio, delegado do DOPS, o saudoso jornalista Carlos Castello Branco assistiu a uma cena histórica: a chegada do valente advogado Sobral Pinto à delegacia, aos berros, arrastado por policiais. O coronel arrogante falava muito, até mencionar a expressão “soluções à brasileira”. Sobral perdeu a paciência: “Agora chega, seu coronel, porque não existem “soluções à brasileira”. O que existe apenas é peru à brasileira!”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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