Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2015
O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira decidiu vender sua mansão de mais de 600 metros quadrados em Miami, nos Estados Unidos. O cartola anunciou a propriedade em corretoras de imóveis da Flórida após saber, no ano passado, que o empresário José Hawilla começou a colaborar com investigação das autoridades norte-americanas.
O ex-cartola teme perder a mansão durante o desdobramento das investigações nos EUA. José Maria Marin, seu sucessor na CBF, foi preso.
Luxo
O imóvel de dois andares, com sete quartos e oito banheiros, entrou no catálogo de imobiliárias especializadas no mercado de alto luxo dos EUA há cerca de seis meses. Em 2012, ele pagou cerca de 22 milhões de reais pela mansão localizada em um do condomínio de alto padrão em Miami. A casa conta com marina particular.
Teixeira quer vender a residência abaixo do valor para tentar se livrar do negócio. A antiga proprietária da casa, a ex-tenista russa Anna Kournikova, demorou nove meses para negociar o imóvel.
Teixeira comandou a CBF por mais de duas décadas e decidiu deixar o poder após as denúncias de corrupção no Brasil e no exterior. Ele saiu do País às pressas em março de 2012, pressionado pelas investigações sobre suspeita de desvio de dinheiro público na realização do amistoso entre Brasil e Portugal, em Brasília (DF).
Teixeira redigiu sua carta de renúncia nos EUA e só voltou ao Brasil no ano seguinte. Mesmo assim, o ex-cartola articulou a posse de Marin, e continuou recebendo salário da CBF – mais de 100 mil reais mensais. Neste período nos EUA, ele aproveitava a vida dirigindo carros de luxo ou navegando um barco de 65 pés avaliado em cerca de 6 milhões de reais. Em 2013, Teixeira sofreu dois golpes. Terminou o seu segundo casamento e correu risco de morte por causa de uma crise renal.
O ex-presidente da CBF voltou ao País para se submeter a um transplante. Seu irmão doou o rim. Abatido, ganhou peso e decidiu voltar ao Rio de Janeiro (RJ).
Depois de um período em Mônaco, na última semana ele voltou ao Rio. No mês passado, Teixeira fez outra mudança. Ele viajou ao Uruguai, onde registrou o país como seu novo domicílio fiscal. (Sérgio Rangel/Folhapress)