Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Foi decisiva a articulação política do ministro Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para viabilizar o protocolo do pré-acordo de adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal, que permitirá a repactuação da dívida e o socorro financeiro ao Estado. O cenário estava difícil para o Estado, diante de divergências insuperáveis na questão dos números relativos a despesas com pessoal, o que vinha inviabilizando o entendimento com a Secretaria do Tesouro Nacional. O movimento de Padilha junto à Advocacia-Geral da União e, após, bancando a posição gaúcha junto ao próprio presidente Michel Temer, permitiu que ontem fosse assinado o compromisso de um cronograma de ações para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal documento no qual o Estado garante cumprir os requisitos legais para pleitear a adesão ao regime. O próximo passo será aprovar na Assembleia Legislativa o pedido de autorização para adesão ao acordo, o que pode ocorrer ainda nesta quinta-feira.
Oposição se mobiliza para inviabilizar o acordo
Por variados motivos, a oposição já se mobiliza para derrotar a proposta do acordo na Assembleia Legislativa. Não há muita nobreza no gesto. Antes que a preocupação com os números do acordo, há um temor de que a renegociação da dívida fortaleça politicamente o governador José Ivo Sartori, em busca da reeleição.
Padilha: duas comemorações
Ontem, o ministro Eliseu Padilha deixou claro que tinha dois motivos para comemorar. Um deles, a assinatura do pré-acordo do governo gaúcho para adesão à renegociação da dívida com a União. O outro, a recente pesquisa CNI/Ibope mostrando o início de uma reação forte e positiva da população em relação à gestão do presidente Michel Temer.
Aliados de Lula atacam em duas frentes
Os aliados do ex-presidente Lula, condenado a 9 anos e 6 meses pelo juiz federal Sérgio Moro, realizam movimentos visando desmoralizar magistrados e a Justiça, que protagonizam a Operação Lava-Jato. A ação se dá em duas frentes: em uma delas, com a distribuição em capitais brasileiras, de cartazes com os dizeres “Moro imoral, juiz parcial”, a outra, anunciando movimentos para intimidar os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que farão no dia 24 de janeiro, o julgamento do recurso do ex-presidente. No caso do TRF4, a tendência é de manutenção, e até aumento da pena do ex-presidente, o que pode levá-lo ao cumprimento inicial em regime fechado.
Pagamento do IPVA crescerá a partir de terça-feira
Com a definição dos valores do seguro DPVAT, o governo gaúcho espera incrementar a receita do IPVA de 2018, a partir de terça-feira, quando ambos poderão ser pagos. Até então, o pagamento do imposto vinha sendo reduzido em razão da demora na definição do valor do seguro DPVAT. A estimativa é de uma receita de R$ 2,36 bilhões com o Imposto.
PSDB quer descolar da imagem de Sartori
De olho na candidatura do ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite ao Palácio Piratini, o PSDB anuncia sua saída do governo Sartori. Os tucanos terão ainda de descolar a imagem de Eduardo Leite de outras duas situações negativas: a tumultuada gestão do prefeito tucano Marchezan Júnior, em Porto Alegre, e os desdobramentos da polêmica licitação do lixo em Pelotas, que poderá ser um dos temas da próxima campanha eleitoral.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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