Segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2016
Diante das pressões de aliados para adiar o envio da reforma da Previdência ao Congresso, o presidente Michel Temer pode acatar pedido de sua base em reunião agendada para esta terça-feira (27) com ministros, líderes partidários e o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e deixar o projeto para depois das eleições.
Segundo assessores, Temer ainda não tomou uma decisão, mas pode alegar que a proposta não está totalmente fechada e ele precisa discuti-la antes com a base aliada e sindicalistas antes de encaminhá-la ao Legislativo.
O governo está dividido. Uma ala defende que o Planalto aguarde as eleições municipais de domingo para evitar prejuízos para candidatos governistas na reta final da campanha. Outra quer o envio da proposta já, como uma sinalização ao mercado do compromisso de Temer com o ajuste das contas públicas.
No dia 6 de setembro, Temer anunciou que enviaria a proposta ao Congresso antes das eleições. “A decisão é irreversível”, disse o chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. “O presidente avaliou que, simbolicamente, por tudo o que o Brasil atravessa neste momento, nós deveríamos mandar a reforma antes do processo eleitoral.”
Temer vai discutir o assunto em jantar com seus aliados nesta terça-feira (27). Será o seu primeiro compromisso no Palácio da Alvorada desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. O presidente ainda não se mudou do Palácio do Jaburu. Na quarta-feira (28), Temer vai participar de um café da manhã com lideranças da base na residência oficial da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Dyogo Oliveira (Planejamento), o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, e técnicos do governo se reuniram nesta segunda-feira (26) para repassar os pontos da reforma, antes de ser enviada a Temer.
O projeto estabelece idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, além de exigir uma contribuição mínima de 25 anos. Segundo a proposta, as novas regras valeriam para homens com menos de 50 anos de idade e mulheres com menos de 45. Trabalhadores mais velhos teriam uma regra especial de transição. (Folhapress)