Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2016
Disposto a costurar um acordo com adversários internos para permanecer no comando do PMDB pelos próximos dois anos, o vice-presidente da República, Michel Temer, deu início a uma ofensiva sobre aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a fim de evitar o lançamento de uma chapa de oposição na eleição que irá escolher o novo presidente do partido.
A votação que elegerá a nova direção do PMDB está prevista para março, durante a convenção nacional da sigla, em Brasília. Algumas lideranças peemedebistas, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), defendem que a legenda aproveite o encontro partidário para discutir o rompimento com o governo Dilma Rousseff. Atualmente, o PMDB controla, além da vice-presidência da República, seis ministérios e diversos cargos de segundo e terceiro escalões do governo federal.
Até o momento, o único candidato para o cargo de presidente do PMDB é Temer. Ele está no comando do partido desde 2001. No entanto, depois da troca de farpas protagonizada publicamente em dezembro pelo vice-presidente da República e pelo presidente do Senado, aliados de Calheiros passaram a manifestar o interesse do senador alagoano em lançar uma candidatura de oposição a Temer. Os dois se estranharam após Cunha autorizar, no início de dezembro, a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. (AG)