O ex-presidente Michel Temer passou a primeira noite de prisão, na Superintendência da Polícia Federal de São Paulo. Apesar de a defesa entender que o espaço não é adequado e que a sede da PF não possui acomodação propícia, anteriormente ficou decidido que o ex-presidente ficaria no local até hoje (10).
Uma sala foi preparada exclusivamente para Temer, segundo Carnelós, que destaca ainda a formação como advogado e a posição de ex-presidente, que garantiriam o benefício de que não seja uma acomodação coletiva e que não tenha características carcerárias.
O advogado também afirmou que não entrará com um novo habeas corpus, até a próxima terça (14), quando será votado pelo Supremo Tribunal Federal o hc que já está em andamento. A informação da data teria sido passada a Carnelós pelo relator do caso, ministro Antonio Saldanha Palheiro. Porém, a defesa não descarta a possibilidade de que palheiro desista de levar o pedido para apreciação da Corte, decidindo sozinho, como fez o desembargador Ivan Athié, por liminar.
Carnelós afirmou que “não há fundamentos para a prisão do ex-presidente Temer. Essa prisão é ilegal, é injusta e é cruel”, disparou ele. O advogado ainda informou que o ex-presidente mostra indignação mas permanece com serenidade, o que, segundo a defesa, é uma característica de Temer.
Ainda na noite de quinta (9), Temer foi levado ao Instituto Médico Legal, para a realização do exame de corpo de delito, ao contrário do que solicitou a defesa, de que o exame fosse realizado na sede da PF.