A defesa do presidente Michel Temer pediu nesta terça-feira (6) ao STF (Supremo Tribunal Federal) mais tempo para responder às 82 perguntas formuladas pela Polícia Federal na investigação da qual o presidente é alvo na Operação Lava Jato.
O prazo para Temer responder às questões por escrito termina nesta terça, mas os advogados pediram prorrogação até o fim da semana, na sexta (9) ou no sábado (10). Caberá ao relator do caso no STF, ministro Edson Fachin, aceitar ou negar o pedido.
No pedido, a defesa do presidente afirma que é “absolutamente impossível” que o presidente responda aos questionamentos no prazo de 24 horas, estabelecido por Fachin.
Também por determinação do ministro, a PF teve 10 dias para enviar a lista com as perguntas a serem respondidas.
Além disso, a defesa considerou “complexa” a tarefa de responder às perguntas, que exigirão um “grande esforço” do presidente em meio ao cumprimento de uma “carregada agenda”, com compromissos marcados que ocupam 15 horas de seu dia.
“Em face da complexidade e da surpreendente quantidade dos quesitos formulados (82), entende-se ser absolutamente impossível e contrário ao princípio da razoabilidade exigir-se uma manifestação do Sr. Presidente da República no exíguo prazo de 24 (vinte e quatro) horas, lembrando-se que para a sua elaboração não foi consignado nenhum prazo”, diz o pedido, assinado pelo advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.
“Por todo o exposto, contando com o elevado bom senso e compreensão de Vossa Excelência, o Sr. Presidente da República considera que estará habilitado para a análise e para a deliberação sobre as questões ofertadas até o final da presente semana (dias 9 ou 10)”, afirma o advogado na sequência. (AG)