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Temor de CPI faz o PT tentar cassar Marcos do Val

Tribunal da Beleza. (Foto: Enio/Divulgação)

A iniciativa do governista Otto Alencar (PSD-BA) para levar Marcos do Val (Pode-ES) ao Conselho de Ética do Senado fez brilhar olhos no Planalto, que tem demonstrado curioso temor da criação de CPI para investigar os atos criminosos de 8 de janeiro. Governistas acusam o senador capixaba de criar a história para favorecer a CPI. O governo vê chance de implodir um barulhento e agora fragilizado opositor e substituí-lo por Rosana Foerst (Cidadania), ligada a Renato Casagande (PSB).

Dedos cruzados

Sem nenhum senador e com sua bancada desidratada na Câmara, o Cidadania torce pela cassação para reaver a cadeira.

Cavalo selado

O Cidadania já teve Do Val, Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Eliziane Gama (PSD-MA). A suplência é a chance de a sigla voltar ao Senado.

Ovos de ouro

Rosana é vista como a chance de o governo garantir mais um voto no Senado. Na Câmara, os cinco deputados já declararam independência.

Desempenho aquém

O Senado é importante moeda para cargos no governo, com evidente enfraquecimento após murcha vitória de Pacheco para presidir a Casa.

Moeda única com a Argentina é só encenação

Apesar das juras do novo Top-Top, Celso Amorim, a ideia de uma suposta “moeda única” com a Argentina não passa de encenação do governo Lula 3. A administração petista já trabalha pelo retorno do País ao velho sistema de compensação da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). É um convênio de crédito recíproco, que define uma moeda forte como forma de compensar déficits entre países da região.

Regra simples

O sistema da ALADI define que a cada quatro meses países deficitários no comércio regional acertem suas dívidas, mas com moeda forte.

Desfaz tudo

O Banco Central do governo Bolsonaro retirou o Brasil do sistema da ALADI em 2019, mas o governo Lula já articula desfazer essa decisão.

Para pagar dívida

“Nenhum dos lados aceitará reais, pesos, soles ou bananas. Vão querer o bom e velho dólar”, explicou experiente fonte próxima ao assunto.

Me engana, eu gosto

A Mesa Diretora da Câmara mal assumiu e já tratou de garantir uma moleza para os deputados. Suas excelências poderão “bater ponto” nas sessões de segunda e sexta via celular, sem pisar em Brasília. Até 2024.

Luta prometida

Ao denunciar no Ministério Público a ministra Daniela Carneiro (Turismo), o deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR) afirmou que vai “representar a indignação da sociedade com os abusos do governo Lula”.

Fora da política

O senador Sergio Moro (União-PR) apresentou emenda para manter sob controle do Banco Central o Coaf, que é a unidade de inteligência financeira do Estado brasileiro, e impedir a transferência para o Ministério da Fazenda, órgão político controlado pelo petista Fernando Haddad.

Raiva explicada

Em 2015, o chefe do Coaf, Antônio Rodrigues, disse à CPI da Petrobras que a instituição identificou, para a Lava Jato, 27.579 pessoas físicas e jurídicas em movimentações suspeitas que somavam R$ 51,9 bilhões.

Um poeta em Lisboa

Ao falar em evento em Lisboa, o ex-presidente Michel Temer sugeriu que o Brasil precisa de uma revolução pacífica, como a dos Cravos em Portugal. “Quem sabe tivéssemos uma revolução das rosas, ou dos lírios, para trocarmos flores e deixarmos os espinhos para trás”.

Virou meme

Pegou fogo nas redes imagem da senadora Soraya Thronicke (UB-MS) onde ela de aparenta tirar foto do seu voto, na eleição para presidente do Senado. “Deseja enviar comprovante?” provocou um eleitor.

A olhos nus

O caso do balão chinês flagrado sobrevoando os EUA deu o que falar nos meios militares, esta semana. A desculpa oficial é que é um balão meteorológico, mas sobrevoou áreas de segurança, inclusive nucleares.

Investigação de pé

A Câmara Legislativa do DF deve mesmo instalar a CPI para apurar o quebra-quebra em Brasília de 8 de janeiro. O documento foi assinado por todos os deputados distritais.

Pensando bem…

…do Val ao Gardenal.

PODER SEM PUDOR

Tribunal da beleza

O então presidente do Tribunal Superior do Trabalho Francisco Fausto conduzia uma reunião quando chegou um grupo de alunos da Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia. Como alguns deles portavam máquinas fotográficas, o ministro brincou: “Escolham os melhores ângulos, quero os ministros bem bonitos nas fotos.” Ante o pipocar de flashes, sem alterar a sisudez no julgamento dos processos, alguns ministros ajeitaram discretamente as gravatas, as togas e – quem ainda os tinha – até os cabelos.

(Com a colaboração de Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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