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Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2016
O calor que quebra constantemente recordes históricos tende a piorar até o fim da década. A previsão é do Met Office, o instituto de meteorologia do Reino Unido. De acordo com os cálculos, a temperatura global entre 2016 e 2020 deve ficar até 0,77°C acima da média registrada entre 1981 e 2010.
Para efeito de comparação, o ano de 2015, o mais quente já registrado, terminou com um índice de 0,44°C superior ao visto naquele período. Com o boletim, o Met Office ressalta que o aquecimento global ocorrerá em uma velocidade superior à prevista no último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, divulgado em 2014.
Dough Smith, especialista em previsões decenais do Met Office, adverte que, devido à ação do El Niño, é praticamente certo que 2016 chegue ao fim com temperaturas médias acima das registradas no ano passado. Professor de Climatologia da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, e ex-coordenador-geral de Mudanças Climáticas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Heil Costa acredita que a previsão do Met Office, se for confirmada, levará a resultados “desastrosos” em regiões já vitimadas pelo aquecimento global, como o Oeste da Amazônia e o sertão nordestino. Os cientistas alertam que o planeta pode passar por uma catástrofe climática se a temperatura média global passar de 2°C até 2100. (Renato Grandelle/AG)