Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2024
O chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, afirmou nessa quarta-feira (31) que o país vai responder a um eventual ataque dos Estados Unidos. No domingo (28), militantes alinhados ao Irã atacaram com um drone uma base militar dos EUA na Jordânia e mataram três soldados. A Casa Branca já afirmou que vai retaliar, mas ainda avalia qual deverá ser resposta que vai dar ao assassinato dos militares.
Salami afirmou que os iranianos ouviram ameaças vindas de autoridades norte-americanas. “Dizemos a elas que já nos testaram e agora nos conhecemos, nenhuma ameaça ficará sem resposta”, disse ele.
Ele citou “autoridades norte-americanas” porque o próprio presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou, sem dar detalhes, que decidiu responder ao ataque de drones realizado por grupos militantes alinhados ao Irã.
A senadora Lindsey Graham, da Carolina do Sul, incentivou a administração “a atacar alvos importantes dentro do Irã, não apenas como represália pela morte das nossas forças, mas como dissuasão contra futuras agressões. A única coisa que o regime iraniano entende é a força.”
O enviado do Irã às Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, também alertou que os iranianos vão responder de forma decisiva a qualquer ataque ao seu território, seus interesses ou cidadãos iranianos fora de suas fronteiras.
Reféns israelenses
A confluência de eventos interligados – negociações de alto risco sobre reféns na França aconteciam ao mesmo tempo que as autoridades americanas lidavam com as mortes de tropas na Jordânia – resultou em um dos momentos mais tensos desde o início da guerra depois dos ataques do Hamas em 7 de outubro.
O ataque a suas tropas na Jordânia empurrou os Estados Unidos ainda mais para o conflito no Médio Oriente. Além disso, deu nova urgência aos esforços para garantir a libertação de reféns em Gaza em troca de uma suspensão prolongada dos combates entre Israel e o Hamas.
Outros incidentes
O Irã tem enfrentado diversos inimigos em países do Oriente Médio. Em alguns dos casos, os iranianos atacaram, e em outros, foram atacados. Em 15 de janeiro, o país atacou o que diz ser um “quartel-general de espionagem” israelense na região semi-autônoma do Curdistão iraquiano.
Na segunda-feira, outro ataque israelense atingiu um “centro de assessoria militar iraniano” na Síria, de acordo com a agência de notícias iraniana Tasnim. Duas pessoas morreram. O enviado do Irã à Síria negou os detalhes sobre o alvo e disse que as vítimas não eram iranianas.