Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 27 de fevereiro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O senador Hamilton Mourão (Rep-RS) negou que tenha havido “tentativa de golpe de Estado”, conforme versão dos adversários de Jair Bolsonaro (PL), e ironizou a suspeita. “Nunca vi golpe de Estado com minuta”, disse ele, “isso para mim é ridículo”. Durante entrevista ao podcast do Diário do Poder, Mourão lembrou que golpe foi o que tentou o coronel Hugo Chávez na Venezuela, em 1992, quando atacou o palácio presidencial, a casa do presidente com sua família lá dentro, “inclusive matou gente”.
Sem chance
“Para mim, não houve tentativa de golpe de Estado, nem da parte do presidente e nem das conversas que ali ocorreram”, explicou Mourão.
Tática “magistral”
Ele chamou atenção para a tática (“magistral”, ironizou) de apreender celulares e divulgar mensagens privadas, jogando uns contra os outros.
Ninguém sobrevive
“Você pega o celular de uma pessoa e escarafuncha por dois meses, quem sobrevive?”, pergunta o general da reserva do Exército.
Compromisso familiar
Hamilton Mourão contou que não esteve na Av. Paulista, domingo, por não poder faltar a um compromisso familiar importante.
Planalto usa acordo da CCJ para driblar deputados
O Palácio do Planalto não está com a menor pressa para ver resolvido o imbróglio, criado pelo próprio PT de Lula, sobre o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, confirmam governistas à coluna. O motivo é que, sem a instalação da comissão, os projetos pegam um “atalho” e são votados diretamente no Plenário, onde, mesmo que a peso de ouro, o governo vê maior chance de aprovar matérias de seu interesse. Pelo acordo, a CCJ deverá ser presidida pelo PL este ano.
O acordo fechado
A CCJ já deveria ser do PL, que tem a maior bancada, em 2023. O partido abriu mão da comissão para indicar o relator do Orçamento.
Fio falso de bigode
Petistas espalham que o acordo sobre o comando da CCJ, geralmente selado na camaradagem, não foi formalizado e não tem validade.
Carne de pescoço
Preocupa o governo o nome destacado, até agora, pelo PL para presidir a CCJ: Caroline de Toni (SC), ferrenha opositora a Lula na Câmara.
Fim do monopólio
Após multidão lotar a Avenida Paulista em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) avalia que a esquerda se recente por não ser dona das ruas, “o povo agora é dono de si mesmo”.
Vai que é tua, Lula
O vereador Rubinho Nunes (União-SP) aproveitou a avenida Paulista lotada para tirar sarro de Lula, “o descondenado teve que cancelar as lives semanais porque não conseguia colocar 5 mil pessoas ao vivo”.
Ministro desproporcional
Ocupante de cargo desproporcional de ministro, Silvio Almeida (Direitos Humanos) atacou Israel pela reação “desproporcional” aos terroristas. Não explicou se seria “proporcional” matar velhos e bebês, usar cabeças humanas como bola de futebol, executar brasileiros, estuprar…
À beira de um ataque
A manifestação na Avenida Paulista fez muitos no governo, no STF e até mídia começarem a semana nervosos, tensos, cuspindo marimbondos de fogo. Talvez tenha sido esse o maior êxito do ex-presidente.
Lá de longe
Flanando na Espanha, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) lamentou outra morte por dengue na Bahia. Apesar dos quase 17 mil casos prováveis da doença, ele manteve o belíssimo tour pela Europa.
Tucanos se bicando
O PSDB de São Paulo, em pé de guerra interno, não chega a um acordo de pacificação. Após convenção neste fim de semana, os tucanos não conseguiram consenso sobre quem vai presidir o diretório.
Golpe no zap
Criminosos não perdoam nem mesmo o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e se passam pelo político no whatsapp com pedidos de dinheiro. O governador avisou: bloqueie, é golpe!
Só subindo
O Brasil ultrapassou os 760 mil casos prováveis de dengue em 2024, registram números oficiais do Ministério da Saúde. Na última semana, eram mais de 90 mil.
Pensando bem…
…nada mais “democrático” do que incluir manifestação de rua em inquérito policial.
PODER SEM PUDOR
Diálogo de raposas
Magalhães Pinto era deputado federal e, no dia do aniversário de José Maria Alkmin, seu rival na política mineira e nos talentos de raposa, resolveu não enviar mensagem alguma. Mas o destino colocou os dois frente a frente naquele dia. Magalhães fingiu contentamento: “Parabéns, Alkmin, muitos anos de vida! Recebeu meu telegrama?” Alkmin foi tão insincero na resposta quanto o adversário na saudação: “Mas é claro, Magalhães. Aliás, de todos que eu recebi, o seu foi o que mais me emocionou.”
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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