A Terra deve ser atingida por uma tempestade solar neste fim de semana. O fenômeno ocorre depois do registro de duas grandes erupções solares, que causaram, inclusive, apagões de rádio de ondas curtas na África e na Europa, regiões iluminadas no momento de uma das erupções.
De acordo com a MetSul Meteorologia, as duas erupções, que ocorreram nos dias 1º e 3 de outubro, estão entre as maiores nos últimos dez anos. Agora, as partículas liberadas por elas se dirigem para a Terra, fator que pode ocasionar a tempestade solar.
A estimativa é que essas partículas atinjam a Terra entre a noite de sexta-feira (4) e o domingo (6), o que traz chance de auroras nos extremos Sul e Norte do planeta.
Isso ocorre porque as partículas são carregadas de íons que, quando colidem com a magnetosfera da Terra, são capazes de desencadear tempestades geomagnéticas. Durante essas tempestades, os íons interagem com os gases presentes na atmosfera e liberam energia em forma de luz, formando, por exemplo, a famosa aurora boreal.
Além de formar auroras mais abrangentes em ambos os hemisférios, as tempestades solares podem causar danos a equipamentos de telecomunicações e transmissão de eletricidade.
O NOAA (Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), dos Estados Unidos, classifica as tempestades em graus, sendo G1 o grau mais leve e G5 o mais extremo. A intensidade da tempestade que deve atingir a Terra no fim de semana foi classificada como G3, o que representa que é forte.
Massa coronal
As ejeções de massa coronal (CMEs) são plumas de plasma solar e campo magnético que viajam pelo espaço após erupções solares.
Quando essas partículas carregadas alcançam a magnetosfera da Terra, elas podem desencadear tempestades geomagnéticas.
Essas tempestades têm a capacidade de influenciar sistemas de comunicação e navegação, além de gerar fenômenos visuais impressionantes, como auroras boreais e austrais.
• Auroras Boreais: Vistas no hemisfério norte, especialmente em regiões próximas ao Círculo Polar Ártico.
• Auroras Austrais: Visíveis no hemisfério sul, com aparições em locais como a Antártica e partes da América do Sul.
Ciclos Solares
O Sol passa por ciclos de atividade que duram aproximadamente 11 anos, conhecidos como ciclos solares.
Atualmente, estamos no pico de um desses ciclos, o que explica a frequência das erupções solares e as consequentes auroras.
Eventos particularmente intensos, como os registrados em maio deste ano, produziram auroras visíveis até em regiões inesperadas como o México e o Caribe.