Quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de agosto de 2024
A Terra Yanomami registrou 74 óbitos no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde. O número representa uma redução de 33% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizadas 111 mortes. Os dados são novo boletim do Centro de Operações de Emergências (COE) Yanomami, divulgado nesta segunda-feira (5).
Conforme o ministério, o “restabelecimento da assistência ao território indígena Yanomami a partir de 2023 e 2024, permitiu o preenchimento de vazios assistenciais, o aumento das ações de prevenção e controle de doenças”.
Com a repercussão sobre o aumento de mortes no território Yanomami, o governo federal havia suspendido os informativos que trazem os dados. O boletim mostra uma queda nas mortes causadas por três principais causas: infecção respiratória aguda, desnutrição e malária.
No primeiro trimestre de 2023, foram registrados 22 óbitos por infecção respiratória, número que caiu para 9 em 2024 – uma queda de 59%. No caso da malária, a diminuição foi de 50%, caindo de 10 em 2023 para 5 este ano. De acordo com o ministério, foram reabertos todos os polos base na região, o que aumentou o acesso dos indígenas ao diagnóstico e tratamento da doença.
Já a desnutrição foi a causa com a maior redução, passando de 17 no primeiro trimestre do ano passado para 5 neste ano (queda de 79%).
Demarcada há mais de 30 anos, a Terra Yanomami tem quase 10 milhões de hectares que se estendem por Roraima e o Amazonas, na fronteira com a Venezuela. Segundo estimativas, o território abriga ao menos 31 mil indígenas, que vivem em mais de 370 comunidades. O povo Yanomami é considerado de recente contato com a população não-indígena. Na região, há também indígenas isolados, sem contato ou influência externa. É o exemplo dos Moxihatetëma, que estão cercados pelo garimpo ilegal.