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Território nebuloso

A deputada estadual Any Ortiz concorrerá à Prefeitura de Porto Alegre. (Foto: Guerreiro/AL-RS)

O Brasil tem 138 empresas sob controle do governo federal. Incluindo as que pertencem a Estados e municípios, o total passa de 400. O levantamento foi recém concluído pelo Observatório das Estatais, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A transparência sobre o que acontece nas estatais é praticamente nulo. Os motivos para encobrir números e resultados todos devem conhecer.

Passadas adiante

O número de estatais já foi maior. Na década de 1990, o país privatizou 119, com a geração de 70 bilhões e 300 milhões de dólares em receita, segundo a coordenação de Economia Aplicada da FGV.

Primeiro movimento

A deputada estadual Any Ortiz participou ontem, em Brasília, da abertura do seminário do Cidadania (ex-PPS) que reuniu pré-candidatos às eleições para prefeituras nas capitais. Os temas foram Economia Criativa, Cidades Inteligentes e Turismo de Experiência. Any ficou com a 3ª colocação entre 55 deputados estaduais no ano passado e concorrerá à sucessão em Porto Alegre.

Ordem dos fatores

Há setores do empresariado gaúcho querendo que a reforma administrativa seja debatida e aprovada antes da tributária. Acreditam que o Congresso Nacional reduzirá o custo da máquina pública, fazendo cair os impostos. Mera ilusão. A maioria dos senadores e dos deputados federais não entra em choque com interesses de corporações.

Ninguém desmentiu

O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Flávio Roscoe, declarou a 26 de outubro de 2018: “Além da enorme carga tributária, o governo impõe às empresas brasileiras impostos ocultos que só existem em razão da irracional complexidade do sistema tributário brasileiro. Nossas empresas gastam quase seis vezes mais tempo para cumprir as normas tributárias e trabalhistas que suas concorrentes latino-americanas. São 1.958 horas contra 332 horas.”

Por um ano, políticos e tecnocratas silenciaram, concordando.

Onde está o dinheiro?

O Poder Judiciário poderá decidir, segunda-feira, que o congelamento de despesas dos outros poderes, determinado pelo Executivo, é inconstitucional. Assessores do Palácio Piratini disseram que o governo convidará os prejudicados a buscarem no orçamento de 2020 o dinheiro para solucionar o impasse.

Munição no paiol

A Câmara dos Deputados aprovará, segunda-feira, o projeto que torna menos rigorosas as regras para a posse e o porte de armas de fogo. Antecedendo a abertura do painel eletrônico para contagem dos votos, haverá forte tiroteio verbal na tribuna.

Direcionam punhal contra si

Fragmentação e soberba são doenças que atingem partidos pequenos que chegam ao poder.

Cofre aberto para gastos

A 26 de outubro de 1989, faltando 20 dias para a eleição presidencial, o candidato Paulo Maluf veio a Porto Alegre. Durante toda a campanha, seguindo conselho de assessores, adotou o envio de flores a apoiadoras. Quando repórteres perguntaram sobre os gastos, respondeu um pouco incomodado: “Mando rosas para muita gente, sim. Se vocês não forem ciumentos, é só me passar nome e data de aniversário de suas mulheres que também mandarei para elas.”

Há 65 anos

O contrato para a construção da ponte sobre o rio Guaíba foi assinado pelo governador Ernesto Dornelles e a empresa Azevedo, Bastian e Castilhos a 26 de outubro de 1954. O projeto elaborado na Alemanha, um ano antes, seguiu para análise no Laboratoire Dauphinois d’Hidraulique, em Grenoble, França. A obra teve início a 20 de outubro de 1955 contando com 3 mil e 500 operários. A inauguração ocorreu a 28 de dezembro de 1958.

Não adiantará prometer mais

A campanha eleitoral do próximo ano poderá ser chamada de Desafio das Obras Inacabadas.

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