Sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2023
Na prática, o teste de balneabilidade se trata de análises feitas em laboratório da água coletada em pontos específicos do Guaíba
Foto: Luciano Lanes / PMPAO Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre (Dmae) realiza toda semana o teste de balneabilidade no Lago Guaíba, em Porto Alegre. As análises são feitas para verificar as condições de banho das praias do Extremo Sul da cidade e dar mais segurança aos frequentadores.
“Os resultados são confiáveis e demonstram que as características da amostra de água coletada no Guaíba estão dentro dos limites da legislação”, explica o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss. O diretor também destaca que todas as ações são realizadas por diferentes diretorias e áreas do departamento com o objetivo de manter os locais seguros para banho da população.
“Para ajudar a cuidar do lago ocorrem ações desde acompanhar o funcionamento das estações de tratamento de esgoto, manutenção nas redes coletoras até obras que abrangem o sistema de esgotamento sanitário’’, completa Maurício Loss.
Análises laboratoriais
Na prática, o teste de balneabilidade se trata de análises feitas em laboratório da água coletada em pontos específicos do Lago Guaíba. O objetivo é verificar se está dentro dos limites especificados pela legislação. Apenas desta forma a área testada poderá ser utilizada pelos banhistas. São coletadas duas amostras em cada um dos locais e é verificada a transparência da água, a temperatura e a quantidade de pessoas que estão tomando banho no momento da coleta. Os testes são realizados regularmente pela prefeitura desde 1988.
Como funciona
Os laboratórios que fazem a análise seguem metodologias reconhecidas internacionalmente. A legislação utilizada para análise é a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) 274/200 que estabelece que, de um total de cinco amostras, 80%, ou quatro amostras, não devem apresentar resultados de Escherichia coli superiores a 800 NMP/100 mL de amostra, e que a última amostra analisada não pode apresentar resultado de Escherichia coli acima de 2000 NMP/ 100 mL. Ainda, o pH das amostras deve estar na faixa de 6,0 a 9,0. Os testes são realizados nos laboratórios de microbiologia e físico-química da Gerência de Tratamento de Esgoto (GATE).
Escherichia coli – Nome científico de uma bactéria encontrada nos intestinos de seres humanos e animais endotérmicos, de sangue quente. Ele é usado como indicador de qualidade de água e alimentos através da análise de coliformes fecais.
pH – Escala que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de diversos elementos. Neste caso, ele é utilizado para medir essas características presentes na água.