Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2021
As testemunhas arroladas no processo que apura a morte de João Alberto Freitas, ocorrida no supermercado Carrefour da Zona Norte de Porto Alegre, na noite de 19 de novembro do ano passado, serão ouvidas pelo Judiciário gaúcho entre agosto e dezembro. Com tramitção na 2ª Vara do Júri, a ação penal é presidida pela juíza Cristiane Zardo.
A magistrada agendou as oitivas de 33 testemunhas, de forma on-line. Ao todo, serão ouvidas 48 pessoas, mais os réus em audiências com data ainda não definida. O Ministério Público (MP) denunciou seis pessoas por homicídio triplamente qualificado com dolo eventual, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
São eles os seguranças Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, a gerente Adriana Alves Dutra e os também funcionários do estabelecimento Kleiton Silva Santos, Paulo Francisco da Silva e Rafael Rezende. Os três primeiros estão presos (a mulher em regime domiciliar).
Relembre
Giovane e Magno foram filmados agredindo e asfixiando o cliente já imobilizado no chão na área externa do estabelecimento, minutos depois de um desentendimento no corredor próximo aos caixas. A dupla acabou presa em flagrante no local logo após uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatar o óbito de Freitas.
Na mesma noite, a Justiça do Rio Grande do Sul converteu a custódia em prisão preventiva. Posteriormente, o MP também denunciou os outros quatro funcionários por envolvimento no caso.
Em vídeos de testemunhas, Adriana aparece filmando as agressões e ameaçando pessoas que usavam seus celulares para registrar o incidente. Francisco impede a esposa da vítima de se aproximar, enquanto Santos e Rezende ajudam os seguranças a imobilizarem o autônomo, que chega a avisar que não conseguia respirar.
(Marcello Campos)