O TikTok está desenvolvendo um clone de seu algoritmo de recomendações de vídeos, o que pode ajudar a plataforma a contornar o possível banimento nos Estados Unidos. A informação foi divulgada nessa quinta-feira (30) pela Reuters.
A ideia da ByteDance, dona do TikTok, é lançar uma versão independente da usada em boa parte do mundo para atender aos 170 milhões de usuários da rede social nos Estados Unidos, segundo fontes que falaram à agência sob a condição de anonimato.
O trabalho para dividir o código-fonte do aplicativo começou no ano passado, antes do presidente dos EUA, Joe Biden, sancionar a lei que força a venda da operação americana da plataforma até janeiro de 2025.
Centenas de programadores têm trabalhado para separar milhões de linhas de código para eliminar ligações com a versão do TikTok para a China, conhecida como Douyin, e informações vinculadas a usuários chineses.
O algoritmo do TikTok é apontado pela ByteDance como o fator que contribuiu para a popularidade da rede social. Como acontece em outras redes sociais, esse código é usado para fazer recomendações personalizadas de vídeos com base nas preferências de cada usuário.
As fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que a criação de uma versão exclusiva para os EUA poderia facilitar a venda da operação do TikTok no país, embora a empresa não tenha planos de fazer isso neste momento.
No Brasil
O TikTok no Brasil já se consolidou de vez. Desde seu lançamento em setembro de 2016 pela empresa chinesa ByteDance, o aplicativo tem experimentado um crescimento meteórico, conquistando milhões de usuários em todo o globo.
A plataforma, por ser dinâmica e acessível, permitiu que muitas pessoas criassem e compartilhassem vídeos curtos que rapidamente se tornaram virais. Seu algoritmo, diferente do Instagram, facilitou esse processo.
O Opinion Box, pesquisou os hábitos dos usuários de TikTok no Brasil. Ao realizar a pesquisa percebeu-se que o perfil mais comum é de “heavy users”, já que 8 em cada 10 usuários abre o aplicativo pelo menos uma vez por dia.
Um dado interessante sobre a rede, que comprova como ela anda em alta, diz respeito a quando as pessoas se tornaram usuárias. No caso do Tiktok, que é uma rede muito mais jovem que o Instagram e o Facebook, por exemplo, muita gente ainda está chegando agora: cerca de 40% entraram para o TikTok no último ano.
E boa parte desses usuários deve intensificar sua relação com a rede no próximo ano, já que um em cada três estima que vai passar mais tempo no TikTok.
Quanto à frequência de postagens, os números mudam: apenas 11% postam pelo menos uma vez ao dia. Em contrapartida, 30% raramente publicam no TikTok e 30% nunca postam nada por lá, somente assistindo aos vídeos do aplicativo. É interessante notar que a maior parte dos usuários preferem assistir vídeos do que produzir seus próprios conteúdos.