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Esporte Tite diz que vai manter a base da Seleção Brasileira, mas esconde a escalação para enfrentar o Peru nesta terça

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Tite passa orientação a jogadores de defesa da Seleção. (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

O técnico Tite não quis revelar a escalação da seleção brasileira masculina de futebol para o duelo contra o Peru, nesta terça-feira (13), às 21h. O duelo, válido pela segunda rodada das Eliminatórias, acontece no estádio Nacional de Lima.

Segundo Tite, a decisão de esconder o time que vai a campo tem por objetivo não dar armas para Ricardo Gareca, o técnico adversário.

“Nós temos uma série de atletas de alto nível, eu tenho uma equipe montada, mas não quero falar. Os atletas já sabem desde ontem. A base permanece, as ideias permanecem. Mas não quero municiar o Gareca. Você troca uma característica do atleta e já traz uma adversidade”, disse o treinador, em entrevista coletiva.

A provável escalação da Seleção para enfrentar o Peru é: Weverton, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Renan Lodi; Casemiro e Douglas Luiz; Everton (Richarlison), Philippe Coutinho e Neymar; Roberto Firmino.

Tite também foi questionado sobre as diferenças entre Peru e Bolívia e projetou um duelo mais difícil para esta terça-feira.

“São dois fatores que temos que analisar. A atuação individual do Brasil foi acima das expectativas. É de se relativizar que a Bolívia não tinha uma qualidade técnica e física igual a nossa… É verdade. Porém o grau de expectativa deles era fazer um bom jogo, perder de pouco e seria uma vitória para eles. E nós com a responsabilidade de jogar bem e fazer resultado. Isso é considerado. Passado esse ponto, o desafio é diferente, com uma equipe de nível técnico superior, físico superior, e um desafio para nós: buscar repetir um padrão. Talvez não com a mesma força técnica. Vamos enfrentar um adversário mais forte em circunstâncias mais fortes”, lembrou Tite.

50 jogos pela Seleção

“A experiência (na Seleção) me mostrou uma adaptação do técnico de clube e de Seleção. Os benefícios de escolher os atletas de alto nível, os melhores do seu país, e ter a possibilidade de escolhê-los. De ter a comissão técnica do mais alto nível e tempo integral durante a semana para comunicação, acompanhamentos e evolução. De administrar o tempo porque você não está constantemente com os atletas, ela te retira um pouco do trabalho de campo e fica mais no campo dos estudos. E no momento que busca o dia a dia tem que ser muito pontual, preciso no treinamento e nas funções dos atletas. Em contrapartida, te tira o dia a dia, o cheiro do vestiário. Você falou em quatro anos e 50 jogos, isso no Brasil em clubes são sete meses talvez.”

Jogo desta terça

“O significado de nós vencermos contra o Peru é o mesmo que nos venceu no amistoso também. Adversário importante, grau de dificuldade técnica e física superior ao que enfrentamos. Temos que ter essa capacidade de contextualizar. Não estou pensando muito nos 50 jogos, penso numa ideia de futebol e que a equipe jogue muito. Que tenha a consciência que tem que criar e fazer gol, ser dura e dificultar ao máximo o adversário, se possível não tomar gol e que traduza isso em vitórias. A forma também anímica, com que a equipe se traz ao longo desse tempo vai se moldando. Em três, quatro momentos teve as Eliminatórias, Copa do Mundo, amistosos, Copa América. E agora uma retomada. É um tempo muito grande, seis meses te faz um atleta evoluir.”

Thiago Silva na Copa?

“Jogando em alto nível, o lado humano, os valores morais que têm o credenciam a isso. O que vai dizer onde ele vai, o tempo, é o desempenho. É a qualidade, o nível da competição que ele enfrenta. Isso que vai determinar. É impossível projetar Seleção em dois anos, nem aqui se projetam seis meses. Quero, torço que mantenha esse nível, independentemente de nomes. Dou exemplo do Daniel Alves que foi escolhido o melhor da Copa América voltando de lesão. Não há nem preconceito para um jovem, como o Rodrygo, Gabriel Menino, nem para um mais experiente.”

Desempenho contra a Bolívia

“(A seleção) foi do que imaginávamos, num estágio maior. A circunstância do jogo não vai acontecer da mesma forma (contra a Bolívia), no primeiro tempo ficamos com quase 80% de bola no campo do adversário. Tem jogos que vão proporcionar mais jogar dentro do adversário, em outros você vai fazer mais jogadas de contra-ataque se ele te marcar mais na frente. Daqui a pouco tem menos posse, mas tem mais verticalidade. Os jogos se modificam porque os adversários vêm com esquemas diferentes. Cada jogo também nos favorece, importante é saber jogar, seja numa posição mais alta, média ou retrasada. A bola é a referência para a compactação da equipe.”

Movimentação de Neymar

“Ele está normal, treinou bem hoje, ontem, já sem nenhum problema (físico). A respeito da parte técnica, dessa liberdade maior, de flutuar para ser um jogador de articulação, ser agudo, de flanco, de lado, isso também favorece. Quando falo que favorece o jogador criativo o Juninho olha para mim e abre um sorriso, ele gosta de jogadores criativos porque era dessa forma. Essa adaptação, até pelo próprio PSG, que vinha trabalhando dessa forma. A gente tem que ter a sensibilidade de poder trabalhar esse espaço pelo qual ele vem fazendo no seu clube.”

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