Por Redação O Sul | 1 de junho de 2024
O nome de Clint Eastwood está associado a títulos inesquecíveis como “Três Homens em Conflito” , “Perseguidor Implacável” e “Os Imperdoáveis”, mas ao longo dos anos também apareceu em outros títulos que, por uma razão ou outra, são menos conhecidos hoje. Entre eles há um que brilha com luz própria, porque todos pediram a Eastwood que não participasse dele, e no final foi ele quem riu por último.
Foi em 1978 que Eastwood estrelou “Doido para Brigar…Louco para Amar”, um filme muito marcante porque compartilhou muitas cenas com um orangotango. O autor de “As Pontes de Madison” lembrou em entrevista ao The Guardian que ninguém em seu ambiente imediato confiava no filme, mas ele o via de forma diferente.
“Tomei algumas decisões estranhas ao longo dos anos. Meu agente e todos me imploraram para não fazer aquele filme. Foi depois de ‘Dirty Harry’, e eu tinha feito muitos filmes de ação e aventura, e eles me disseram: ‘Você não é assim’, e eu disse: ‘Bem, o que eu sou? Não sei’. Para mim, tratava-se de alcançar uma geração mais jovem, fazendo um filme que as crianças pudessem assistir. Um pouco menos desbocado. E tinha algo de badalado no filme: um cara estranho conta seus problemas para um orangotango e perde a garota. Tudo estava um pouco fora do centro. Parecia algo para fazer naquele momento”, disse Clint.
Bomba comercial
Eastwood não hesitou em aceitar a oferta para interpretar Philo Beddoe no filme dirigido por James Fargo, que acabou sendo uma enorme bomba comercial. Na verdade, foi o primeiro filme de sua carreira que ultrapassou a barreira dos 100 milhões de dólares arrecadados nos cinemas dos Estados Unidos , pouco importava que as críticas negativas fossem maioria.
Além disso, sua boa recepção levou Eastwood a retornar ao personagem apenas dois anos depois em “The Big Fight” , sequência que também obteve grande sucesso comercial.
Nunca foi feita uma terceira parcela , provavelmente por falta de interesse do próprio Eastwood, que na primeira parte ficou bastante satisfeito com seu trabalho com Manis, o orangotango que interpretou Clyde em “Doido para Brigar…Louco para Amar”.
“Foi ótimo: foi como trabalhar com uma criança de seis anos. Supostamente, eles chegam ao nível de uma criança de sete anos e só têm a capacidade de atenção de uma criança, então é preciso ir para a primeira cena…”, conclui o ator.
