Topázio Neto (PSD) foi reeleito prefeito de Florianópolis para o período 2025-2028. O atual gestor teve a vitória confirmada em 1º turno nesse domingo (6), com 161.839 votos (58,49%). A vice-prefeita eleita é Maryanne Mattos (PL).
Empresário de 62 anos, Topázio foi eleito em 2020 como vice na chapa encabeçada por Gean Loureiro (União Brasil), que renunciou ao cargo pouco mais de um ano depois para concorrer ao governo do estado. Desde 1ª de abril de 2022, Topázio é prefeito de Florianópolis.
Desde o início da campanha, Topázio liderou as pesquisas de intenção de voto com bastante vantagem sobre os adversários e próximo de vencer a eleição em 1º turno. Marquito (PSOL) e Dário Berger (PSDB) oscilavam na segunda posição dentro da margem de erro.
“Prefeito tiktoker”. Topázio tem mais de 312 mil seguidores na rede social. A primeira publicação foi em janeiro de 2023, quando fez um vídeo na praia para explicar as regras do uso de mesas e cadeiras dos bares. Durante o período eleitoral, Topázio focou na popularidade obtida por meio das redes sociais, onde estabeleceu um canal direto com o eleitor e outros públicos.
Topázio fez carreira como empresário no segmento de gestão de relacionamentos desde 1998. Foi sócio e executivo de empresas nacionais e multinacionais, chegando a presidir a Associação Brasileira de Telesserviço, desde quando era chamada Associação Brasileira de Telemarketing.
Apoio de Jorginho
O prefeito reeleito de Florianópolis formou uma aliança forte para concorrer à prefeitura, tendo como principal apoiador o governador Jorginho Mello (PL). A chapa também conta com Republicanos, MDB, Podemos e Novo. Topázio não contou com o apoio de Gean Loureiro, que integrou a campanha de Dário Berger (PSDB).
Mesmo tendo o apoio do PL de Jair Bolsonaro, que indicou sua vice, Maryanne Mattos, Topázio buscou fazer uma campanha mais focada no governador Jorginho Mello (PL), que é bem avaliado, para tentar angariar o voto dos eleitores de centro.
Quem também acenou para o centro foi Berger. Em 2022 tentou se reeleger senador pelo PSB com o apoio do PT e foi derrotado. Para se reposicionar no tabuleiro político do estado, ele retornou ao PSDB, sigla pela qual se elegeu prefeito da capital pela primeira vez, em 2004.
Já a esquerda não conseguiu manter a aliança de 2020 e se dividiu. Depois de apoiar o PSol há quatro anos, desta vez o PT lançou Vanderlei Lela, que nunca conseguiu atingir dois dígitos nas pesquisas e terminou a eleição em quinto lugar, com 5,78% dos votos.