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Por Redação O Sul | 13 de maio de 2021
A Uefa confirmou o estádio do Dragão, na Cidade do Porto, em Portugal, para a decisão da Liga dos Campeões da Europa com a presença de 12 mil torcedores. Serão seis mil fãs de cada um dos finalistas, Manchester City e Chelsea. Mas ninguém poderá “fazer turismo” em Portugal e serão obrigados a retornarem à Inglaterra no mesmo dia, de acordo com a ministra de Gabinete, Mariana Vieira da Silva.
Com as restrições impostas em todo o planeta por causa da pandemia da covid-19, os torcedores ingleses terão de respeitar regras e viver em uma bolha em Portugal. Eles terão duas “fan zones” à disposição, além do palco da decisão do próximo dia 29.
“As pessoas que vierem à final da Liga dos Campeões terão de regressar no mesmo dia”, informou Mariana Vieira da Silva. “Com testes obrigatórios feitos ainda antes de entrarem no avião e estarão sempre em situação de bolha”, seguiu a ministra do Gabinete de Portugal.
Os torcedores serão conduzidos para as “fan zones” antes de serem direcionados para o estádio do Dragão. Ainda ficarão distribuídos nas arquibancadas com distanciamento social e terão de estar usando máscara de proteção.
Também não poderão comemorar a conquista do título de seu clube nas ruas do país, como habitualmente acontece. Assim que o jogo terminar e a premiação ocorrer, já terão a obrigação de deixar o local e regressar para o aeroporto.
“É do estádio para o aeroporto, ficando em Portugal menos de 24 horas. Quem vier de avião (para estar na Cidade do Porto durante o jogo, mas que não no estádio) terá de cumprir as regras estabelecidas e medidas de segurança em vigor”, concluiu a ministra.
O principal motivo para a mudança é a inclusão da Turquia na lista vermelha do Reino Unido. Isso quer dizer que as delegações dos dois clubes e torcedores ingleses seriam obrigados a cumprir quarentena de 10 dias, caso a final fosse realizada no Estádio Olímpico Atatürk. Isso atrapalharia o planejamento das seleções para a Eurocopa, que começa no dia 11 de junho.
Portugal foi escolhido pelo segundo ano consecutivo para sediar a partida por não estar na lista vermelha do Reino Unido. Britânicos poderão ir à final sem precisar cumprir quarentena no retorno. Em 2020, Portugal sediou a reta final da Champions, com alguns jogos das quartas de final, as semifinais e a decisão no Estádio da Luz, em Lisboa, entre Bayern de Munique e PSG.
O governo britânico ainda tentou levar a final para Wembley, em Londres, mas não houve consenso com a Uefa. Portugal surgiu como solução para a entidade europeia, preocupada com seus patrocinadores e emissoras detentoras dos direitos de transmissão.
A situação da pandemia em Portugal, que promoveu diversos lockdown ao longo dos últimos meses, é controlada. O país ibérico teve 840 mil casos, registrando 16.998 mortes. Além disso, segundo a emissora SIC, 29% da população do país já recebeu a primeira dose da vacina contra o coronavírus, enquanto 11% já tomou a segunda.