Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2024
O Ministério da Saúde publicou na segunda-feira (3) nota técnica com alerta sobre a ocorrência da coqueluche no País e a importância da vacinação contra a doença. A nota foi publicada depois de o Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças divulgar que pelo menos 17 países da União Europeia e outras nações, como China, Estados Unidos e Israel, registraram aumento da doença.
O boletim do centro europeu informa que foram registrados, neste ano, entre janeiro e março, mais de 32 mil casos da Coqueluche na União Europeia.
Já o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China comunicou que foram notificados 32.380 casos e 13 óbitos da doença até fevereiro de 2024 em território chinês.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, até a primeira semana de abril, foram confirmados 31 casos. Mas, desde 2020, verifica-se uma redução nas notificações da coqueluche no país.
“No entanto, o aumento de casos registrado em outros países, a partir de 2023, sinaliza que situação semelhante poderá ocorrer no Brasil dentro de pouco tempo, uma vez que, desde 2016 o país vem acumulando suscetíveis, em razão de quedas nas coberturas vacinais em menores de um ano de vida e lacunas na vigilância e diagnóstico clínico da doença”, explica o documento.
A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causa crises de tosse seca e falta de ar.
É altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar.
A doença atinge principalmente bebês e crianças. Os sintomas podem ser parecidos com os de um resfriado, mas, ao avançar, a tosse pode aumentar e ser tão intensa que pode comprometer a respiração.
Vacinação infantil
A principal forma de combate é a vacinação. No Brasil, o imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e o esquema vacinal contra a doença é dividido em três etapas:
– três doses da vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de vida;
– um primeiro reforço do imunizante aos 15 meses de idade;
– e um segundo reforço aos 4 anos com a tríplice bacteriana.
Cobertura
Mesmo sendo a melhor forma de prevenção, a cobertura da vacina pentavalente ficou em 84,11%, no ano passado, abaixo dos 95% que é a meta anual para esse tipo de imunização.
“O grupo mais vulnerável ao adoecimento e mortalidade é o dos menores de 1 ano de vida, sendo que a maioria dos casos e óbitos se concentram nos menores de 6 meses de idade, quando ainda não se completou o esquema vacinal primário com as três doses da vacina penta (aos 2, 4 e 6 meses de vida)”, alerta o Ministério da Saúde. As informações são do portal de notícias G1.