Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2024
O CEO reforçou que um evento do tamanho do ocorrido no Sul se torna uma responsabilidade da sociedade.
Foto: Julio Ferreira/PMPA“Estamos todos impactados pessoalmente, como cidadãos e como organização, e tentando entender o tamanho do problema”, afirmou o CEO do Itaú Unibanco, MIlton Maluhy, sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. O dirigente fez a abertura do Insurance Conference 2024, organizado pelo grupo financeiro.
O CEO do Itaú reforçou que um evento do tamanho do ocorrido no Sul se torna uma responsabilidade da sociedade. “É um problema de todos, não de uma empresa, ou só do Estado ou da iniciativa privada, mas de todos”, ressaltou.
Conforme Maluhy, “é só a ponta do iceberg, o começo do que vem pela frente”, disse em referência à dimensão ainda desconhecida dos impactos do problema climático extremo e também sobre a possibilidade de eventos do gênero se tornarem mais frequentes.
Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 469 foram afetados pelas enchentes, de acordo com balanço divulgado nessa quinta-feira (23) pela Defesa Civil Estadual.
Pelo menos 163 pessoas já perderam a vida, 64 estão desaparecidas e 806 ficaram feridas. Mais de 645 mil encontram-se desalojadas ou desabrigadas. Conforme o boletim da Defesa Civil, mais de 2,34 milhões de pessoas foram afetadas pelas cheias que assolam o Rio Grande do Sul.
As chuvas que atingiram o Estado provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias gaúchas. Atualmente, são 109 trechos com bloqueios totais e parciais em 46 rodovias, entre estradas, pontes e balsas.
O executivo contou que o banco fez uma parceria com a companhia aérea Azul para transportar doações, equipamentos e outros insumos de auxílio para a população atingida. “Fechamos a parceria em três minutos para levar equipamentos médicos e doações”, contou.
Sobre a parceria do banco com o setor de seguros, Maluhy citou que uma das diretivas do grupo é “precisa gostar de cliente”. Para o CEO, “se não gostar de encantar o cliente não faz sentido estar aqui e nem ser líder na organização”.
De acordo com o executivo, no passado, muitos questionavam no banco se outras instituições financeiras, como as seguradoras, seriam clientes ou concorrentes. “”Havia dúvida sobre o racional e a lógica de ter área de clientes atendendo bancos concorrentes e desenvolvendo produtos e soluções para eles, foi um trabalho de catequização, de evangelização.”
Segundo Maluhy, “estou aqui falando com clientes que, por acaso, muitos estão em negócios que a gente também está, mas isso não é importante, o importante é que a gente enxerga vocês como clientes para estabelecermos os melhores negócios”.
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