Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2023
A defesa de Delgatti diz que ele recebeu cerca de R$ 40 mil para tentar invadir sistemas do Judiciário.
Foto: Geraldo Magela/Agência SenadoA Polícia Federal (PF) concluiu que o dinheiro repassado pelo ex-assessor da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao hacker Walter Delgatti não tem relação com a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A conclusão da PF contradiz a versão do hacker. Delgatti disse em depoimento à Polícia Federal que o dinheiro foi parte do pagamento para invadir “qualquer sistema do Judiciário”.
As transferências foram feitas em fevereiro, via Pix, pelo assessor Renan Goulart, que hoje trabalha com o irmão de Carla Zambelli, o deputado estadual Bruno Zambelli (PL-SP).
“Os elementos colhidos sustentam que Walter Delgatti Neto forneceu garrafas de uísques a Renan Cesar Silva Goulart e este, por sua vez, as revendeu, no todo ou em parte, a Luan Rocha Brito”, diz um trecho do relatório.
A defesa de Delgatti diz que ele recebeu cerca de R$ 40 mil para tentar invadir sistemas do Judiciário. O laudo da Polícia Federal se refere apenas aos R$ 10,5 mil. O restante, segundo o advogado Ariovaldo Moreira, que representa o hacker, teria sido entregue em espécie, em São Paulo.
O inquérito caminha para a conclusão. Até o momento, a PF não encontrou indícios de que a deputada sabia dos ataques aos sistemas do CNJ ou das transações entre seu então assessor e o hacker.
O advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, afirmou que não irá se posicionar sem ter acesso ao relatório da Polícia Federal.