O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e sua equipe participaram nesta terça-feira (13) do evento de encerramento dos trabalhos da transição de governo. Coordenador dos grupos técnicos – e futuro presidente do BNDES, Aloizio Mercadante disse que a transição preparou 23 páginas de “revogaço” de atos do governo Jair Bolsonaro.
“Ali tem também revogaço. Só de revogaço, presidente, tem 23 páginas. Estamos revogando tudo. Tem 23 páginas, nós estamos passando por uma peneira bem fina para poder avaliar cada medida e suas implicações”, afirmou Mercadante. O coordenador dos grupos técnicos não detalhou quais normas deverão ser revogadas. Integrantes da transição já disseram, por exemplo, que entre esses atos estarão decretos que facilitam acesso a armas de fogo.
“Tudo isso agora vai para os novos ministros, que vão reanalisar o que está ali e decidir junto com o presidente o que será revogado e as medidas preliminares para esse início de governo”, completou Mercadante.
Balanço da transição
O evento ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo. Além de Lula e Mercadante, participaram o vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin, a coordenadora de articulação política, Gleisi Hoffmann.
A equipe de transição teve 32 grupos temáticos, que produziram relatórios com diagnósticos da máquina pública e sugestões de medidas a serem adotadas por Lula após a posse. A maioria dos integrantes da transição trabalharam no projeto de forma voluntária. Por lei, a transição poderia nomear até 50 integrantes remunerados nesse período até a posse.
“Essa foi a transição mais participativa de todos os governos. Na realidade, foram (…) perto de mil colaboradores, participantes. Mas, na realidade, se contar Zoom, participação à distância, técnica, foram mais de cinco mil pessoas no Brasil inteiro que deram sua contribuição voluntária”, afirmou Alckmin.