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O transporte de passageiros em voos domésticos voltou a crescer em 2017

Piloto gravou vídeo para dizer que estava tudo bem após acionar por engano alarme de sequestro.(Foto: Reprodução)

O número de passageiros transportados em voos dentro do Brasil cresceu 2,2% em 2017, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O resultado positivo vem após queda de 7,8% registrada em 2016 – a primeira depois de 10 anos de crescimento ininterrupto.

No ano passado, foram transportados 90,6 milhões de passageiros em voos domésticos. Apesar do crescimento em relação a 2016, quando 88,7 milhões pegaram voos nacionais, o número ainda é menor do que o verificado em 2015: 96,2 milhões.

A demanda por voos nacionais também cresceu em 2017. A alta foi de 3,2% na comparação com 2016, ano em que houve uma queda de 5,7% nesse indicador, em relação a 2015.

O encolhimento do mercado aéreo brasileiro em 2016 foi reflexo da crise econômica que atingiu o País. Por conta da queda na demanda por passagens, as empresas aéreas reduziram a oferta de assentos.

Com o reaquecimento da demanda no ano passado, a oferta também voltou a crescer, mas em ritmo mais lento (+1,4%). Em 2017, o índice de ocupação das aeronaves ficou em 81,5% – aumento de 1,8% em relação a 2016, segundo a Anac.

Considerando apenas dezembro de 2017, o aumento no número de passageiros transportados foi de 4,4% em relação ao mesmo mês de 2016.

Voos internacionais

De acordo com o levantamento da agência, 8,3 milhões de passageiros foram transportados por empresas aéreas brasileiras em voos internacionais com origem ou destino no Brasil, um aumento de 11,7% na comparação com 2016, quando foram transportados 7,5 milhões.

A demanda por voos internacionais (que considera o índice RPK, de passageiros por quilômetros pagos transportados) avançou 12%. Já a oferta de assentos (em termos de ASK, isto é, assentos por quilômetros ofertados) cresceu 10,6%.

Considerando apenas a taxa de aproveitamento de assentos em dezembro, houve uma redução de 1,1% na comparação com o mesmo mês de 2016. A queda é a quinta consecutiva após 14 meses de alta, informou a agência. Contudo, no acumulado de 2017 houve aumento de 1,3%, e o índice médio de ocupação no ano passado foi de 84,8%.

Viagens de autoridades

O presidente Michel Temer assinou um decreto determinando que integrantes do governo federal, incluindo os ministros, só poderão viajar com passagens aéreas da classe econômica, tanto no Brasil quanto no exterior. As autoridades que quiserem viajar de classe executiva ou primeira classe terão de pagar a diferença com recursos próprios.

Ao aprovar a Lei Orçamentária de 2018, o Congresso permitiu que algumas autoridades viajassem de classe executiva ou primeira classe. Diante da crise fiscal, e do ajuste promovido pela equipe econômica, Temer vetou essa regra. Antes do veto, a lei previa que presidente e vice-presidente da República, presidentes do Senado, da Câmara, do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Contas da União, assim como o Procurador-Geral da República, o Defensor Público-Geral Federal, ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas teriam direito de adquirir passagens na primeira classe ou na executiva.

A possibilidade se estendia ainda para autoridades com 65 anos ou mais, com deficiência física e aos que realizassem viagens com trechos de duração superior a oito horas. Com o decreto de Temer, essa previsão não existe mais e, assim, as autoridades terão de viajar com passagens aéreas da classe econômica.

 

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