Na manhã dessa segunda-feira (24), a prefeitura de Porto Alegre bloqueou duas faixas das quatro faixas da avenida Ipiranga nas imediações do campus central da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), no bairro Jardim Botânico (Zona Leste). A medida é motivada pelo surgimento de buraco na pista em sentido Centro-Bairro, com risco de afundamento, e será mantida até a repavimentação.
O problema foi atribuído ao excesso de chuvas na capital gaúcha. “O Departamento Municipal de Água e Esgotos [Dmae] realizou sondagem no local para identificar a causa do buraco formado na via próximo ao Museu da PUCRS”, informou o órgão nas redes sociais. “Foi possível identificar a ocorrência de carreamento de material através de uma camada com base de rachão a 3 metros da galeria do Arroio Moinho.”
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), por sua vez, orienta os motoristas a evitarem o local nos horários de maior fluxo, devido a lentidão e congestionamentos de trânsito. Quem utiliza o trecho para acessar bairros da Zona Leste como Intercap, Lomba do Pinheiro e Agronomia ou mesmo a cidade-vizinha de Viamão deve optar pela avenida Bento Gonçalves.
Ao longo da tarde, uma equipe da prefeitura utilizou uma retroescavadeira para ampliar a abertura no asfalto, a fim de identificar e reparar o problema. Os técnicos descartaram a desconfiança inicial de que o buraco estivesse associado à ruptura de um talude (estrutura de concreto utilizada para evitar desmoronamento das paredes laterais) do Arroio Dilúvio – recentemente, um segmento da ciclovia da Ipiranga na região foi fechada após sofrer colapso.
A hipótese mais provável seria um processo de erosão por causa de infiltrações ou vazamento de um dos canos da tubulação da rede no local.
Alerta para deslizamentos
A Defesa Civil Municipal emitiu alerta preventivo sobre alto risco de deslizamentos, processos erosivos e rolamento de blocos em diversos pontos da cidade. Válido até segunda-feira (27), o aviso inclui escorregamentos, rupturas de taludes e quedas de barreira, devido ao movimento de solos e rochas sob a influência da gravidade, agravado pelo acúmulo de água pela chuva intensa.
Quem reside em áreas de risco deve observar quaisquer alterações nas encostas. Em caso de sinais de instabilidade, é preciso procurar abrigo temporário junto a parentes e amigos ou recorrer a abrigos de acolhimento (informações pelo telefone 156).
“Recomenda-se que a população busque locais seguros, mantenha distância de postes, árvores e placas de sinalização e evite entrar em áreas alagadas”, acrescenta a mensagem. Para emergências e mais informações, a Defesa Civil atende pelo telefone 199 e o Corpo de Bombeiros pelo 193.
(Marcello Campos)