Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de junho de 2017
Mais de 30 pessoas ficaram feridas nesta terça-feira (27) após o descarrilamento no metrô na cidade de Nova York, o que provocou cenas de caos. O descarrilamento ocorreu por volta das 9h30 local (10h30, em Brasília) quando um comboio do metrô que percorre a linha A e C descarrilou em uma estação na altura da rua 125, no bairro de Harlem. O chefe do departamento de bombeiros da cidade, Daniel Nigro, confirmou que 34 pessoas ficaram feridas, das quais 17 foram levadas ao hospital, mas nenhuma em estado grave.
Segundo os dados facilitados por Nigro perante a imprensa desde o local do acidente, cerca de 800 pessoas ficaram presas nos comboios que estavam nessa estação e aproximadamente 200 bombeiros participaram do resgate. “Devido a um descarrilamento, o serviço de metrô foi afetado”, indicou a empresa responsável pela rede de transporte da cidade.
O acidente aconteceu na hora do rush, depois da ativação dos freios de emergência por causas que estão sendo investigadas pela MTA (Autoridade Metropolitana do Transporte). Segundo relataram testemunhas a meios locais, o acidente causou cenas de caos e deixou o metrê sem fornecimento elétrico. “Acabamos de ser evacuados de um trem cheio de fumaça nos 15 minutos de maior pânico da minha vida”, disse um dos afetados no Instagram. A MTA fez uma chamada à calma e disse que já estão sendo reparados os danos para restabelecer o serviço “o mais rápido possível”. O prefeito da cidade, Bill de Blasio, esteve durante a manhã seguindo de perto o ocorrido no metrô, segundo confirmou seu escritório de imprensa.
Críticas ao metrô
Um trem desgovernado. É assim que os próprios funcionários da secretaria estadual de transportes apelidaram o serviço de metrô de Nova York. Os passageiros reclamam do alto nível de sucateamento do transporte público na cidade que provoca atrasos e panes frequentes. Autoridades estaduais, que controlam o serviço, avisam que os nova-iorquinos devem se preparar para “penar” neste verão. E o que é mais grave, o metrô, um dos símbolos de Nova York, é apenas o exemplo mais gritante dos problemas graves de infraestrutura na maior potência do planeta.
Cerca de 6 milhões de pessoas circulam todos os dias pelas mais de 400 estações de metrô espalhadas por Manhattan, Brooklyn, Queens e Bronx, e as reclamações de atrasos constantes, panes são recorrentes. Na semana passada, depois de um atraso de 25 minutos nos trens da linha F, com o ar-condicionado falho em temperaturas altas de verão, alguns passageiros desmaiaram, enquanto outros, mais exaltados, andaram perigosamente pelas linhas entre duas estações para poder chegar a seus locais de trabalho. Depois disso, a reação do comitê-executivo da agência reguladora de transporte público da região metropolitana de Nova York foi a de reconhecer o caos no setor. O governo estadual classificou a crise como emergencial e fez um mea-culpa sobre a concentração de fundos em projetos específicos, que acabaram deixando em segundo plano a manutenção das linhas e a renovação dos trens.