Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2024
A operação emergencial não terá cobrança de passagem.
Foto: Beatriz Schleiniger/TrensurbA Trensurb vai retomar a operação do metrô de forma emergencial a partir desta quinta-feira (30). Conforme a empresa, os trens vão circular, diariamente, das 8h às 18h, no trecho entre as estações Mathias Velho, em Canoas, e Novo Hamburgo, com intervalos de 35 minutos entre as viagens.
A operação emergencial não terá cobrança de passagem, uma vez que os sistemas de bilhetagem da Trensurb também foram afetados pela calamidade e seguem inoperantes.
Dois trens circularão no trecho Mathias Velho, Unisinos por ambos os lados da ferrovia, enquanto um único trem fará o trajeto de ida e volta, em via única, entre as estações Unisinos e Novo Hamburgo, sendo necessário o transbordo na Estação Unisinos para aqueles que forem seguir viagem.
Conforme a Trensurb, isso ocorrerá pois os trens foram recolhidos para a via, no trecho elevado entre São Leopoldo e Novo Hamburgo, a fim de serem preservados do alagamento do pátio da empresa, situado no bairro Humaitá, em Porto Alegre.
“A Trensurb, mais uma vez, estará cumprindo seu papel social e abrindo o que estamos chamando de ‘Trilhos Humanitários’, aliviando a pressão no sistema de circulação e mobilidade da Região Metropolitana”, afirma o diretor-presidente Fernando Marroni.
Serão 13 estações atendidas em cinco municípios – Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo –, num trajeto de 26 quilômetros, com capacidade para atender cerca de 30 mil passageiros por dia.
Em condições normais, a Trensurb transporta aproximadamente 110 mil passageiros nos dias úteis. O diretor-presidente informa que a empresa também entrou em contato com a Metroplan solicitando que tome as providências que julgar necessárias para atender os usuários que irão desembarcar e embarcar na Estação Mathias Velho. Além disso, o governo do Estado garantiu uma operação especial de segurança pública nas estações.
Conforme Marroni, das cinco subestações de energia da Trensurb, duas, em Canoas e Porto Alegre, seguem inoperantes por terem sido alagadas e necessitarem de avaliações e reparos, ainda sem previsão de execução.
Essas subestações recebem a energia das concessionárias e convertem para o uso na tração dos trens. A inoperância de algumas delas é um obstáculo importante para a retomada da operação com segurança em um trecho maior e com mais trens circulando. Outra questão fundamental é a recuperação de trechos da via férrea que ficaram alagados por vários dias e necessitam de revitalização do lastro dos trilhos – formado sobretudo por brita e dormentes.
A expectativa da empresa é que, gradativamente, mais trechos e estações sejam recuperados e liberados, porém ainda não há estimativa de prazo para isso, pois os danos ainda estão sendo avaliados. O diretor-presidente também informa que a empresa está trabalhando para retomar o funcionamento do sistema de bilhetagem nos próximos 30 dias. Destaca, ainda, a destinação, por parte do governo federal, através da Medida Provisória 1.218/2024, de um valor inicial de R$ 164,3 milhões para garantir a retomada do funcionamento do metrô.
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