Nesta segunda-feira (1º), a Trensurb irá reabrir a Estação Canoas, ampliando para 14 o número de estações atendidas pela operação emergencial do metrô.
A viabilidade da expansão dessa operação, com segurança, foi confirmada em testes realizados por técnicos da empresa nos últimos dias. Além disso, os trens passam a circular das 5h às 22h, todos os dias, atendendo cinco municípios da Região Metropolitana no trecho entre as cidades de Canoas e Novo Hamburgo.
Até o momento, o metrô opera das 6h às 21h. Os intervalos entre viagens seguem em 18 minutos e o terminal de embarque e desembarque dos ônibus da Transcal, que fazem o trajeto entre Canoas e Porto Alegre, continua sendo junto à Estação Mathias Velho.
Conforme o diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, as equipes seguem incansáveis no trabalho de reconstrução dos prejuízos causados pela enchente. “Continuaremos em um esforço constante para operacionalizar as subestações de energia e a manutenção de trilhos e equipamentos severamente danificados, em busca da operação plena.”
Com os reparos no sistema de bilhetagem em fase final de execução, a cobrança de passagem segue temporariamente suspensa.
Retomado no dia 30 de maio, o transporte de passageiros ainda não contempla as seis unidades de Porto Alegre, ainda fechadas por causa dos estragos causados pelas inundações.
Situação inédita em 39 anos
Implementado na capital gaúcha e cidades vizinhas em março de 1985, a Trensurb tem atualmente 22 estações e atende a cada dia útil uma clientela de aproximadamente 110 mil passageiros em Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo – antes das enchentes, havia planos de estender o serviço até Sapucaia do Sul.
O sistema possui uma extensão total de quase 44 quilômetros, com paradas a cada 2,1 quilômetros (em média). Cada plataforma de embarque e desembarque tem 190 metros de extensão, compatíveis com a operação de dois trens acoplados. Os sistemas de sinalização permitem a circulação de 20 composições por hora, em cada sentido.
De forma inédita, o serviço de metrô foi afetado em maio por alagamentos em vários de seus pontos de embarque e desembarque. Em Porto Alegre, três sofreram perda total: Mercado Público, Rodoviária e São Pedro (Zona Norte) e ainda não voltaram a funcionar.